Villas-Boas e o Estoril-FC Porto: "Tendo em conta o que tinha acontecido no dia anterior no Estádio da Luz..."..
Declarações de André Villas-Boas, candidato às eleições do FC Porto, em Ponta Delgada
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André Villas-Boas esteve esta segunda-feira em Ponta Delgada, na nos Açores, para se encontrar com adeptos do FC Porto na Ilha de São Miguel. Foi já depois de ter respondido às questões dos portistas, que o candidato às eleições de 27 de abril esteve à conversa com os jornalistas.
"Foi um momento triste, porque o VAR existe para diminuir os erros e o que pareceu evidente foi um erro grosseiro do VAR", começou por dizer, questionado sobre tudo o que se passou no Estoril-FC Porto, partida da 27ª jornada da I Liga.
"Tudo isso poderia ou não ter influência no resultado final, porque faltaria muito jogo por jogar. A realidade é que naquele momento impediu ao FC Porto de tomar vantagem no jogo e é um penálti por demais evidente, que não traz credibilidade ao futebol português, tendo em conta o que tinha acontecido no dia anterior no Estádio da Luz", acrescentou.
"Evidentemente que em todos os jogos há lances que suscitam dúvidas, agora, há outros, demasiado óbvios, que custa entender. O futebol português precisa ter credibilidade e é isso que falta neste momento. Erros destes não estão ao nível da capacidade de arbitragem que há em Portugal. Se há essa capacidade, há que diminuir os erros e não serem tão evidentes como foram neste fim de semana", concluiu.
História com Bobby Robson: "O Bobby Robson traz-me muita saudade. Foi uma pessoa que permitiu a um miúdo de 17 anos ser atraído. E às vezes, quando faço uma reflexão profunda desse momento, não sei se teria sido tão generoso com pessoas como ele foi comigo. Ele recebeu-me de braços abertos. Perguntei-lhe porque é que o Domingos não jogava e ele disse-me que, se eu quisesse saber, que me apresentasse no dia seguinte, às 9 horas, que ele ia levar-me para o treino e ia ficar a perceber. Por essas alturas, o Domingos não jogava. Jogava o Yuran titular, mas o Domingos já tinha seis golos marcados e sempre que entrava pelo Yuran, molhava a sopa. A verdade é que o Robson persistia em jogar com ele. Portanto, a realidade é que, passado três ou quatro dias, já me deslocava com o Robson para os jogos, para ver os treinos e também para os jogos."