Varandas, as saídas em janeiro e a continuidade de Gyokeres: "Era impossível..."
Declarações do presidente do emblema leonino em entrevista à Sporting TV
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Se o Sporting não for bicampeão, de quem é a responsabilidade? "Deixe-me então dizer... Eu sou, como as pessoas sabem, sócio do Sporting desde que nasci e sou um sócio sempre militante, ativo na vida do clube. Eu tenho 45 anos, quando cheguei ainda não tinha sequer 40, mas tinha 40 anos a seguir o Sporting, 20 anos de Game Box, acompanhei sempre o Sporting fora e dentro do estádio. E nestes anos todos celebrei dois campeonatos, lembro-me dos melhores dias da minha vida, foram dois. Desde que esta direção está aqui, já celebrámos esses mesmos dois, fora cinco Taças e títulos europeus das modalidades, mais campeonatos e Taças. Esta responsabilidade é da direção, por isso, quando ouço que a possibilidade do bicampeonato é responsabilidade da direção, claro que é, mas a palavra bicampeonato pertencia ao mundo imaginário do Sporting. É preciso quase recuar 70 anos e ganhar dois títulos... Não sei vamos ser bi ou tricampeões, mas sei que o Sporting existe e agora é considerado candidato a ganhar, já não é só uma equipa grande. Esse discurso ouvi durante 40 anos, hoje não. Ainda hoje ouvi a conferência do meu treinador, antes do Arouca, a ser questionado e perguntei: ‘O Sporting está em quarto ou quinto?’ Não, está em primeiro e na camisola dos jogadores vejo o símbolo de campeão nacional e isso é trabalho desta direção, que pôs o Sporting a ganhar. Antes eram dois clubes a ganhar, depois passavam 18 anos e nós uma vez... Era esta a nossa responsabilidade, fico muito feliz por a palavra bicampeão existe no dicionário do Sporting e vai continuar a existir."
Saída de Marcus Edwards era inevitável? "Foi decisão da administração. O Edwards é um jogador que é nosso, é nosso ativo, tem muito talento e acreditamos nele. Obviamente que temos de ser melhores para trazermos o melhor dele, ele também tem de dar o melhor de si, e achámos que o melhor era emprestar."
Contratar central ou extremo no mercado de inverno era mais complicado do que um guarda-redes? "É um mercado muito caro e trazer por trazer não vale a pena. Não tínhamos capacidade para jogadores de qualidade incontestável."
Adeptos temiam saída de Gyokeres em janeiro. No verão é garantida? "Eu não... O Gyokeres chegou cá há um ano e meio atrás, depois em janeiro ia sair, depois fomos campeões e o Viktor quase já nem ia celebrar que se ia embora. Este mercado era impossível retê-lo... Não vou alimentar isso, o Viktor já é demasiado mediático por mérito dele e não vou falar de mercado em fevereiro. Os jogadores têm cláusulas de rescisão e, chegando a altura, o Sporting terá de tomar decisões e defender os interesses do clube."