Treinador tem o nível de jogo no ponto que projetou para esta altura, mas ainda não está satisfeito
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Entre o primeiro treino de Francesco Farioli e o primeiro jogo oficial passou exatamente um mês. Tempo mais do que suficiente para o italiano transformar por completo o FC Porto, que saiu de rastos do Mundial de Clubes e de 2024/25, na equipa voraz que se exibiu a grande nível no triunfo por 3-0 frente ao V. Guimarães.
Da generalidade ao pormenor, a equipa técnica está bastante satisfeita com a resposta do grupo, por entender que joga dentro daquilo que tinham projetado para esta altura da temporada, sabe O JOGO. Claro que foi essencial o reforço profundo da equipa, mas também isso significou um desafio para Farioli e companhia, assim como as férias reduzidas e o ambiente muito pesado que se vivia no Olival. No final de, aproximadamente, 35 sessões de treino, os dragões foram uma equipa de pressão alta, intensa, com vertigem no ataque e licença para rematar à mínima oportunidade. Padrões e comportamentos bem visíveis, como os gatilhos para saltar em cima do portador da bola, por exemplo, que os jogadores interiorizaram de forma cada vez mais fluída, confortáveis com o que lhes tem sido pedido por Farioli. Não obstante, a exigência é tão alta como a consciência de que a temporada vai levantar inúmeras dificuldades, pelo que a margem de progressão da equipa ainda é muito alta, como o próprio treinador já ressalvou. O primeiro jogo fora do amparo do Dragão, na segunda-feira, em casa do Gil Vicente, será um teste diferente à nova identidade.
Ataque devorador à procura da bola
Levando à lupa o desafio contra o Vitória, vários dados saltaram à vista, desde logo pelo número de remates enquadrados: foram nove (17 no total), algo que só por uma vez o FC Porto conseguira nas 15 jornadas com Martín Anselmi no comando, no triunfo (2-0) diante do Aves SAD.A nível individual, só o trio da frente, Pepê, Borja Sainz e Samu, acumulou 11 das 36 recuperações de bola da equipa, num efeito evidente do papel que os atacantes devem assumir quando o adversário começa a construir. Os extremos “roubaram” quatro bolas cada, o artilheiro três, sendo que numa delas só não marcou porque o guarda-redes Charles se opôs.