Empate a zero acabou por ser lógico entre a preocupação do Benfica de não deixar jogar e a incapacidade do FC Porto em ser acutilante.
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Procurámos nos números e não vimos o DNA de nenhum neste clássico. O Benfica, preocupado em não perder, cedeu ao FC Porto a iniciativa, ao ponto de este ter conseguido a quarta posse de bola mais desequilibrada dos últimos 12 clássicos da era Jesus. No entanto, podem queixar-se os azuis e brancos de não a terem materializado para lá das intenções, porque foi o seu jogo com menos remates na I Liga esta época (apenas cinco). O Benfica também não, já que esta foi a sua terceira pior marca, depois dos quatro frente a Belenenses (2-0) e Sporting (1-1), numa especialidade em que a águia tem sido bem-sucedida. Aliás, os encarnados jogaram astutamente com os favores do cronómetro, que assinalou uns curtíssimos 43% de tempo útil.
Não se importará Jesus de ter interrompido uma série de 92 jogos sempre a marcar em casa e lamentará mais o FC Porto por não ter conseguido melhor do que um nulo, o que já não acontecia há 37 clássicos (contabilizando todas as competições), desde 2001/02, mais precisamente, época em que o Sporting ganhou o último título.
A necessitar de uma vitória, os portistas não capitalizaram a tendência que assinalava pelo menos uma vitória num jogo do campeonato com o Benfica nas últimas seis épocas (desde 2008/09).
O desfecho agradou à maioria dos 63 534 espectadores, no que é o novo recorde de assistência da época na prova, ultrapassando em 1639 o registo do Benfica-Sporting.