A apreciação da reportagem de O JOGO ao desempenho do jogadores do Sporting, que venceram o Braga por 3-0, em partida da 22.ª jornada da I Liga.
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SPORTING UM A UM
Renan 6
Operações tranquilas atrás. Na primeira parte, registo apenas para uma hesitação a colocar a bola na frente, perante pressão de Paulinho. Na etapa final, o gesto mais complicado foi uma bola socada aos 65" e um remate encaixado nessa recarga.
Ilori 7
Impecável. Num esquema de três centrais, dobrou sempre bem a direita, dada a subida de Ristovski, sendo também dono de uma par de cortes de cabeça e outros tantos pelo chão. Destaque para a bola que tira de Dyego Sousa, aos 67", quando este se isolava.
Coates 7
O líder da defesa em "chapa 3", com perfeito controlo da profundidade, com primazia no jogo aéreo e tempo para, se quisesse, organizar o leão na primeira fase de construção. Andou em campo como peixe na água e se esta ideia de Keizer for para manter, tem no uruguaio um grande líder.
Borja 6
O pouco tempo de trabalho e a inclusão num esquema de três centrais não lhe tiraram o tino. Concentração máxima, mas também muita ajuda de Acuña a fechar. Aos 30", correu para cortar uma potencial jogada de perigo do Braga.
Ristovski 7
A fazer todo o corredor, surpreendeu Sequeira e até João Novais não sabia onde "cair" quando o Braga queria avançar no terreno. Muitas e boas combinações interiores e muitos e bons centros, nem sempre bem aproveitados. O amarelo que viu ainda na primeira parte, ao minuto 40, lamenta entrada imprudente.
Gudelj 6
Destruir, destruir e destruir. O sérvio entrou em campo com um grande objetivo, cumprido com franquia alta. Permitiu que Wendel, sempre colado a si, agarrasse na bola e subisse com ela, baralhando aquilo que Abel tinha planeado.
Wendel 7
Não começou com grande acerto, ao fazer um mau passe (7") e ao deixar Esgaio em boa posição para marcar (8"), mas assim que meteu o pé no pedal certo ninguém mais o agarrou. Jogou entre linhas, saiu de zonas de pressão e deu espaço para que Bruno e Diaby pudessem brilhar.
Acuña 6
Comprometido com a função de esticar o jogo à esquerda, esteve sempre bem posicionado e ajudou, sempre que possível, Borja a não cometer erros de maior. Não esteve espetacular, mas foi meticuloso em todas as suas ações.
Diaby 8
Segregado na dupla com Bruno logo antes de Bas Dost, foi um autêntico diabo à solta e reparte méritos com o 8 na dinâmica ofensiva dos leões. É o maliano quem "saca" o penálti que aos 48 minutos travou uma eventual reação dos arsenalistas, isto depois de ter deixado Raúl Silva e Fransérgio para trás, numa corrida de mais de 40 metros que acabou com falta clara de Claudemir já na área.
Bas Dost 7
Está lá para materializar em golos o jogo ofensivo do Sporting - e foi isso que fez. Aos 50", enganou Tiago Sá na conversão de um penálti; aos 68", oportuno, desviou de primeira um centro de Bruno Fernandes. Acrescentou-lhe uma imaculada pressão sobre o meio-campo bracarense. Foi dos primeiros a proibir que a turma de Abel construísse.
Luiz Phellype 5
Uma substituição para dar frescura a Bas Dost. Entrou com a missão de continuar a não deixar o Braga sair sem oposição desde a defesa.
Raphinha 5
Bem posicionado, pediu bola, mas nem sempre a teve.
Doumbia -
A derradeira alteração nos leões, numa altura em que o jogo já estava resolvido.
A FIGURA
Bruno Fernandes - 8
Começam a faltar linhas para descrever aquilo que o agora primeiro capitão do Sporting é capaz de fazer com a bola nos pés. Ontem, em Alvalade, regressou a magia de um professor que conduziu um leão num esquema diferente mas aplicado com sucesso. Aos 15", iniciou a primeira jogada de golo do Sporting, mal finalizada por Dost; aos 17" disparou baixo, pouco ao lado e aos 32" conquistou o livre que viria a bater pouco depois, a meia altura e com a curva certa, sem qualquer hipótese para Tiago Sá. Na segunda parte, a resiliência do seu futebol permitiu, aos 68", entregar a Dost o 3-0. Ainda deu tempo para um ou outro remate com perigo. Saiu sob ovação.