Avançado recusou sair em janeiro para a Rússia porque queria ser campeão, mas tem interessados para a nova época
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Paulinho foi uma das principais figuras do título leonino, ao marcar vários golos importantes que garantiram pontos preciosos até à caminhada para a conquista do campeonato.
O avançado dos leões, que está em Alvalade desde janeiro de 2021, marcou 20 golos, o melhor registo desde a sua chegada e esteve o ano todo comprometido com o objetivo de voltar a ser campeão pelo Sporting, prova disso é que o ponta-de-lança português recusou mudar-se para o CSKA de Moscovo, em janeiro deste ano, precisamente por querer cumprir a sua vontade de voltar a conquistar o campeonato. Com as contas do titulo fechadas, abrem-se outras contas: as do seu futuro.
Decisivo no título conquistado pelos leões, o antigo jogador do Braga tem as portas abertas para dar outro rumo à sua carreira. No entanto, no imediato, o foco é vencer a Taça de Portugal contra o FC Porto.
O JOGO sabe que o camisola 20 tem clubes fortemente interessados na Turquia, nos Emirados Árabes Unidos e também na Arábia Saudita. Com um contrato até junho de 2025 e uma cláusula de 60 milhões de euros (trata-se apenas de um valor referencial), o jogador entra nos últimos meses de ligação aos leões, sendo esta uma das últimas oportunidades para render dinheiro à SAD leonina.
A verdade é que a relação com os adeptos de Alvalade tem melhorado ao longo dos anos, sendo um dos jogadores que tem um cântico a si dedicado. “Lembro-me da primeira vez em que a ouvi foi no jogo com o Ajax para a Liga dos Campeões, em que marquei, mas não faço ideia de onde nasceu, mas ainda bem que nasceu. Para mim é muito mais importante do que qualquer golo que possa ter marcado… é mais do que uma música, é uma relação de que temos e que nunca darei o suficiente ao clube para tentar retribuir o que me deram”, disse em entrevista à Betano.
Segredo: ficar em quarto lugar na época passada foi impulso para ganhar este ano
“Esta época começou na época anterior. Quando percebemos que já não saíamos do quarto lugar, o discurso de Rúben Amorim foi logo apontado para esta época e isso, mesmo nas férias, alimentou-nos para virmos ainda mais motivados e felizmente acho que se notou. Desde muito cedo o míster disse que era o tudo ou nada, que um clube como nós não podíamos não ter títulos, tínhamos de ser campeões nacionais e que andar perto não chegava”, contou ainda destacando os primeiros jogos da época como essenciais, especialmente o 3-2 com o Vizela, com o seu golo da vitória a ser marcado no fim: “O facto de termos ganho aquele jogo no último minuto deu uma imagem diferente da época anterior, em que empatámos nos primeiros, e o facto de termos conseguido ganhar no último lance do jogo deu-nos um empurrão para o resto da época”.
Questionado sobre o momento em que a equipa sentiu que estava mais perto do título, apontou o dérbi. “Em casa com o Benfica, a vitória em Famalicão, foram os momentos em que se calhar dissemos: ‘Só depende de nós, falta um último esforço. Se fizermos bem as coisas somos campeões’. Mas claro que há jogos muito difíceis em que saímos de lá com o sentimento de que quem quer ser campeão tem de ganhar. Chaves, Arouca, foram jogos difíceis”, lembrou.
Acompanhado por Gyokeres no ataque, Paulinho elogiou o sueco. “É muito importante para nós, da mesma forma que o Pote foi quando fomos campeões. Agora é inegável a influência dele no campeonato”, disse. Pensando no futuro, Paulinho quer a ambição do bicampeonato, mas primeiro há que pensar na final com o FC Porto, já no dia 26 de maio. “O próximo objetivo é a Taça de Portugal, mas tem de ser, tem de ser uma coisa natural para o Sporting, para os adeptos, essa mentalidade tem de ser uma coisa natural”.