Ricciulli, hoje a dar nas vistas no Guarda, foi promessa em Alcochete, chegou a ser chamado a treinos por Rúben Amorim, depois, em Guimarães, ainda entrou numa ficha de jogo na Liga, mas seguiram-se logo tempos delicados e muita coisa foi colocada em causa
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Ricciulli ainda está tocado pelas muitas memórias vividas em Alcochete, onde atuou dos 15 aos 21 anos, ganhando asas ao lado de diversas pérolas da formação do Sporting. "Todos eles tinham bastante qualidade, mas individualizando aqueles que não tinha menor dúvida do que podiam dar e que fossem chegar a equipa principal, tenho de falar do Rafael Leão, Nuno Mendes e o Daniel Bragança. Mas é certo que também o Catamo como o Tiago Djaló, se esperava que virassem grandes jogadores, desde que mantivessem o foco. Isso provou-se", vinca Ricciulli, agradado também pela atenção que lhe foi dedicada, a certo momento, por Rúben Amorim.
Relativizou esse contacto com as estrelas. "Com a chegada do míster Ruben Amorim, foi quando eu comecei a ir treinar ao plantel principal, mas não colocava muitas expectativas, pois tinham muitas opções de qualidade na minha posição. No Vitória também vivi o mesmo processo e deu-se o dia que, surpreendentemente, cheguei mesmo a ser convocado para a equipa principal. Aconteceu num jogo com o Santa Clara", precisa, apontando também obstáculos em Guimarães. "No Vitória tive um pouco de dificuldade, derivado ao estilo de jogo que a própria cidade acaba por impor, que é a raça e o querer, mais que a qualidade, pois por mais qualidade que pudesses ter, se não correres pelo símbolo, não te vale absolutamente de nada. Isso é visível para todos", explica Ricciulli, não deixando de lado um tributo a Filipe Celikaya, que soube espicaçá-lo em hora crítica. "Ele viu que andava meio desmotivado e chegou perto de mim, conversou comigo a dizer que queria a minha melhor versão, que eu tinha bastante qualidade e bastaria manter o foco, que as coisas iriam acontecer. Comecei a jogar todos os jogos nessa altura", evidencia o central do emblema guardense, que não hesita em selecionar o seu amigo mais íntimo ganho neste trajeto. "Foi o Elves Baldé. É o meu melhor amigo e tenho bastante orgulho de o ver jogar na Liga, pelo Farense".