A O JOGO, Carlos Alberto recorda a conquista da Liga dos Campeões com o FC Porto, em 2003/04.
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Na próxima semana, a 26 de maio, cumprem-se 16 anos da vitória do FC Porto na Liga dos Campeões, em Gelsenkirchen, onde os dragões bateram o Mónaco por 3-0 e levantaram o troféu das "orelhas grandes".
"O tempo passa... Era um miúdo, um "moleque" que cresceu e agora é pai de dois filhos", atira Carlos Alberto, autor do primeiro golo do triunfo sobre os monegascos, numa noite que lhe mudou a vida.
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"Foi indescritível. Entrei no cenário do futebol mundial, o mundo passou a conhecer o Carlos Alberto. Sempre que chega a essa data fico meio nostálgico, já revi o jogo tantas vezes", assume. Aliás, só passados alguns anos é que deu verdadeiramente conta do feito que alcançou. Na altura, a sua preocupação era outra. "Eu era muito jovem, só queria era jogar à bola e não sentia a pressão. Era um prazer e foi até bom que fosse assim. Pressão foram as dificuldades que eu tive na minha infância", atira, recordando a forma tranquila com que subiu ao relvado para o jogo mais importante que um clube pode realizar:
"Quando se vê as duas equipas perfiladas antes do jogo estão todos muito sérios e eu a mascar uma chiclete, relaxado. Só faltava entrar com a pandeireta, mas não podia [risos]. Mas ela ainda hoje está aqui comigo, ficou famosa. Não deixava ninguém dormir nas viagens de avião", refere, dando como exemplo o regresso do Japão, depois de vencer a Taça Intercontinental, e de Nova Iorque, após uma pré-época atribulada com Del Neri como treinador.
O brasileiro era o mais novo das duas equipas que subiram ao relvado da "Arena AufSchalke", mas não sentiu qualquer pressão
"Os grupos têm de ter momentos de alegria. Vivemos sob uma pressão muito grande a maior parte das nossas vidas e tem de haver descontração. Quando cheguei ao FC Porto consegui levar um pouco dessa alegria, respeitando os mais velhos, claro. Diverti-me muito com eles", finaliza.