"Tive um dia para preparar o jogo. O Rio Ave teve 15 dias de trabalho"

Primeira parte: “O Boavista foi claramente superior na primeira parte e merecia ter ido para o intervalo a vencer. Depois, o encontro ficou mais dividido."

Expulsão de Boateng: "A partir do momento da expulsão [de Emmanuel Boateng, do Rio Ave], entrámos numa situação algo atípica e que nos leva sempre - sobretudo a quem não está por dentro - a achar que as equipas que jogam com mais um têm sempre de ganhar. A história diz que não é assim. Nós não deixámos de querer ganhar, mas o oponente também se fechou e organizou-se, impedindo chegadas à baliza da nossa parte, e não conseguimos marcar."

Falta de discernimento: "Acabou por faltar algum discernimento a determinado momento. Este ano já houve uma situação em que estivemos em vantagem numérica e acabámos por, de alguma forma, relaxar no jogo e perdemos em Chaves. Acaba por haver um misto de algum receio em sofrer golo e essa falta de discernimento para chegar com bola às zonas de finalização."

Um dia para preparar o jogo: "Devo dizer que esta semana tive um dia para preparar o jogo. Tive os jogadores ontem [sexta-feira]. Isto não é desculpa, porque não vivemos de desculpas, mas de soluções e trabalho. É assim desde que cá cheguei. Agarrámo-nos aos meios que temos ao dispor. Esta semana tive um dia para trabalhar. O que significa isto? Estas variáveis acabam por levar tempo para que sejam trabalhadas de uma maneira sólida e consistente e, depois, possam ser aplicadas em campo. Em 15 dias, ter um para trabalhar acaba por interferir naquilo que se pode ou não fazer. O Rio Ave teve 15 dias de trabalho e jogos-treino pelo meio. Tudo isto conta. Não há desculpas, mas é a realidade. Estamos a falar de factos."