UM A UM - Análise ao desempenho dos jogadores do Sporting, hoje batido em Alvalade pelo FC Porto, por 2-1, em partida da 15.ª jornada da I Liga.
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SPORTING UM A UM
Luís Maximiano 6
A má leitura no lance do 1-0, da autoria de Marega, logo aos 6 minutos, acabou compensada por duas defesas de nível alto a acabar e ambas a disparos de Luis Díaz. Aos 75", saiu-se com coragem aos pés do colombiano e aos 90"+2" esticou-se para dar uma palmada numa bola puxada ao poste. Alguma lentidão a repor o esférico, principalmente quando o leão estava em desvantagem.
Ristovski 4
É culpa sua a abordagem fácil que Marega faz ao espaço no primeiro golo do FC Porto: Coates estava a "fitar" Soares e ao macedónio cabia dar mais distância atrás sob pena de não ter pernas para agarrar o avançado maliano - e a pena foi aplicada. De resto, um jogo de baixo nível, com receio no passe e pouca profundidade. Quando devia ter arriscado, quando Bolasie lhe esticava a mão a pedir bola no espaço, preferiu colocá-la atrás.
Coates 7
O Sporting sofreu dois golos, mas nenhum deles pode ser relacionado com uruguaio, diga-se, senhor de grande exibição, com mais de 10 cortes e saídas de bola em sítios apertados. Não se coibiu de ir à frente: aos 33" cabeceou para fora após livre direto e ao minuto 85 esteve muito perto do empate, de novo com uma cabeçada, desta feita a bater na trave da baliza de Marchesín. Acabou a ponta de lança e ainda ganhou algumas bolas junto da área contrária.
Mathieu 6
O perigo do FC Porto caiu, sobretudo, na meia direita da defesa do Sporting, o que retirou alguma preponderância às ações do francês, que esteve sempre bem apoiado quer pelo outro central, Coates, quer por Acuña. Um par de sprints para não deixar Otávio fugir e dois cortes de cabeça após cruzamentos puxados de Alex Telles. Sem culpa nos golos portistas.
Acuña 8
Um dos melhores jogos do argentino de leão ao peito. Resiliente de feitio, soube fazer frente à ala direita portista e aos 44", após recuperar de cabeça uma má reposição de Marchesín, foi pelas costas de Luiz Phellype para receber de Vietto e fuzilar o compatriota - 1-1. Na segunda parte entrou em alta rotação e deu três bolas daqueles golos quase cantados: a Luiz Phellype, aos 55", a Bruno Fernandes, aos 58," e a Vietto, aos 63". Ninguém aproveitou as oferendas do camisola 9, que manteve o espírito até ao apito final. Se fosse preciso escolher um jogador do lado do Sporting para não perder este clássico, seria claramente Acuña.
Doumbia 4
Macio a defender e pouco objetivo a levar jogo para a frente - desceu sempre, como Silas lhe pede, para o meio dos centrais - acaba por ficar ligado ao 2-1 do FC Porto. No canto batido por Alex Telles colocou, tal como Bolasie, os olhos na bola e desprotegeu as costas pela inércia, o que permitiu a Soares disparar de cabeça sem oposição. Fica a sensação de que poderia ter saído perto da hora de jogo, quando o empate imperava.
Wendel 5
Jogo sofrido do brasileiro, que perdeu demasiadas vezes no choque e confronto de bolas entre pés. Pedia-se, também, maior capacidade de pressão para não deixar o FC Porto sair pelo meio - e tantas vezes Nakajima apareceu a ligar os entrepostos. Não tem um grande momento negativo, mas positivos... são poucos.
Bruno Fernandes 6
O capitão não desiludiu, mas soltou já tarde as amarras que Conceição preparou a meio. Aos remates bloqueados aos 18", 33", 35" e 45"+1" seguiu-se uma perdida após assistência de Acuña, já na segunda parte (58"). Esticou o jogo, tentou levar a equipa para a frente, mas precisou de estar em demasiados sítios face à inércia de alguns colegas. Acabou lá atrás, a colocar bolas para uma equipa completamente exposta.
Bolasie 5
Dificuldades do congolês para ultrapassar a defesa portista, ainda que tenha "sacado" dois amarelos, primeiro a Alex Telles e depois a Marcano. No 2-1, também tem de assumir culpas com Doumbia, dado que Soares - o autor - iniciou a jogada quase agarrado a si. Muito físico, tendo tentado imprimir velocidade, mas Ristovski não o ajudou a concretizar quando o espaço estava a aparecer.
Vietto 7
Grande jogo do argentino, que, com Acuña na esquerda, foi sempre uma dor de cabeça para a defesa portista, com maior destaque após a saída de Pepe, central que estava na meia direita. Acabou muito bem a primeira parte e na segunda causou o pânico junto da baliza de Marchesín. Aos 49", bola no poste após se livrar de Uribe e Marcano; aos 62", lançado por Luiz Phellype, deixou o esférico de novo muito perto do lado certo e aos 63" atirou por cima. As pilhas foram-se gastando e acabou completamente de rastos e a perder na dividida com os jogadores portistas.
Luiz Phellype 6
Sempre objetivo nas suas ações, está na jogada do 1-0, ao colocar a bola em Vietto, que assistiu Acuña. Na etapa final (58"), meteu a cabeça no sítio certo a passe do camisola 9, mas a bola saiu ao lado; aos 62" voltou a formar dupla com um argentino, neste caso o 10, ao sair de duas pressões e isolar o colega, que acabou por atirar ao lado da baliza. Fica mais uma boa exibição de um futebolista inteligente.
Rafael Camacho 5
Lançado aos 79 minutos já com o leão em desvantagem, colou-se à direita, ganhou um canto, tem uma boa arrancada, mas... pouco mais. Refira-se que foi lançado num contexto desfavorável - assim o jogo ditou após o 2-1.
Gonzalo Plata 4
Entrou ao mesmo tempo que Rafael Camacho, mas em duas ações foi aleatório, trocando a objetividade pelo talento - e ali pediam-se passes para o pé, sem grandes invenções.
Jesé 4
Foi o último elemento a sair do banco do Sporting, entrou numa equipa já completamente partida, mas na compensação foi infantil ao fazer uma falta quando a bola ia acabar nos pés de um colega e, provavelmente, reencaminhada para a área.
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