Sporting protege a espinha dorsal: campeão quer erguer à volta de trio blindado
Importância de Coates, Palhinha e Pote está à vista nos números. Leão quer erguer à volta do trio.
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Não há casa que se erga pelo telhado e nas fundações estão as virtudes dos projetos mais sólidos. A espinha dorsal do campeão passou, sem grande discussão, pelo eixo condutor Coates-Palhinha-Pedro Gonçalves. É este o trio mais decisivo na conquista da Liga NOS e os números mostram-no, daí que, sabe O JOGO, a sua continuidade seja uma prioridade para o Sporting e defendida por Rúben Amorim.
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A defender, o capitão uruguaio foi fulcral para a defesa acabar como a melhor da Liga, com 20 tentos sofridos. Ganhou 187 duelos (5,66 por jogo), com uma eficácia de 70,71%; interrompeu 19 remates, superando o colega Feddal (11), e somou 166 interceções, ou seja, uma média superior a cinco por jogo. Mas não foi só a defender que o central de 30 anos se destacou: é o rei dos passes no Sporting, sendo preponderante no passe longo (240), muitas vezes incluídos nos de último terço (263). Para Rúben Amorim, Coates foi o princípio de toda a construção ofensiva e ainda lá foi à frente dar uma ajuda: marcou cinco golos na Liga, fazendo desta a temporada mais profícua na carreira (7 golos), desestabilizando sempre os adversários com o poder aéreo. Conseguiu rematar de cabeça 28 vezes, sendo o mais forte da Liga nessa capítulo, deixando Seferovic a dois tiros. Com contrato até 2023, será peça-chave no Sporting 2021/22.
João Palhinha foi o senhor que se seguiu. Conquistou 320 duelos defensivos (10 por jogo) e alcançou um êxito acima dos 71% nos duelos aéreos. Em ambas foi o melhor no campeonato. Faltoso (80 faltas), sim, o trinco foi também o leão que mais caiu (74). Se a isto juntarmos a eficácia de drible acima de 73%, a melhor da Liga, percebe-se como o médio do Sporting soube construir e sair de zona de pressão. O jogador de 25 anos tem contrato até 2025, mas em marcha, sabe O JOGO, está um plano de nova renovação com um aumento salarial para afastar abordagens, isto num ano de consolidação depois de o atleta já ter agradado Rúben Amorim desde os tempos do Braga.
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Pote foi a estrela na finalização. O primeiro médio a ganhar o prémio de artilheiro da Liga, ainda que jogando como extremo, foi determinante pelos 23 golos, com os quais anexou três assistências para participar em 26 festejos. Os 109 toques dados na área e a percentagem de 49,35% dos remates no alvo mostram como o criativo esteve sempre perto do golo. A sua preponderância revela-se ainda pelo passe: fez 46 em profundidade, 25 considerados decisivos e 38 inteligentes sob análise do "Wyscout". A chamada do jovem de Vidago à Seleção aumentará os interessados e a prioridade do Sporting é manter o jogador que resgatou ao Famalicão por 6,5 M€, rubricando um contrato até 2025 e com cláusula de 60 M€. Os leões já premiaram o atleta pelos desempenhos desportivos, mas está na mesa a possibilidade de renegociarem com o Famalicão os 50% que o clube tem quanto ao valor de uma futura venda. "Parece-me que só sai se pagarem a cláusula", disse Amorim após o fecho da Liga, já depois de ter deixado clara a prioridade de manter a espinha dorsal: "Está tudo falado atempadamente, espero que não haja muitas mudanças no plantel e claro que há jogadores que não podem sair. Preferimos não vender e não comprar."
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Adán e Porro perto, João Mário e Paulinho depois
Adán foi apenas o 14.º guarda-redes mais "agredido" da Liga. Só teve 79 remates sofridos e 60 defesas para fazer, porém foi o terceiro melhor na percentagem de defesas com reflexos e, por isso mesmo, o Sporting avançará para a opção de renovação de contrato por mais um ano, ou seja, até 2023. Porro foi outro dos dínamos, fazendo 113 cruzamentos (quarto melhor da Liga), o mais forte nos dribles (174) e o homem-estoiro, com 27 remates fora da área. Seguro para mais uma época, os leões quererão avançar para a compra do lateral ao Manchester City.
Paulinho marcou três vezes na Liga pelo Sporting e somou duas assistências, mas esteve em crescendo e faz parte, inabalavelmente, do projeto de Rúben Amorim. Importante, também, é João Mário, que foi regular toda a época. "Fez parte do plantel, é jogador do Inter, mas todos sabem os valores que o João recebe, é diferente do Palhinha, do Matheus e do Bragança", explicou Amorim após o jogo com o Benfica, contra o qual a ausência do médio se fez notar e de que maneira na primeira parte.