Sporting prepara ataque inédito para o clássico: os traços do provável onze leonino
Técnico tem insistido em João Mário à esquerda e em Nuno Santos à direita no apoio a Jovane, mas a trocar de lado. Parceiro de Palhinha é a dúvida.
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Rúben Amorim tem insistido numa inédita dupla para apoiar o seu elemento mais central do ataque rumo ao clássico de sábado, contra o FC Porto, que se disputa a partir das 20h30 no José Alvalade.
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Apurou O JOGO que João Mário, o último dos oito reforços do leão, assim como Nuno Santos, devem formar a guarda de honra a Jovane que, tal como também avançámos, recuperou totalmente do problema na coxa direita que o deixou duas semanas de fora, estando assim disponível para atuar como um falso "nove".
Aproveitando o facto de nem o número 17 nem o camisola 11 terem integrado a "debandada" rumo às seleções, que levou 12 futebolistas que costumam trabalhar com o plantel principal (Ristovski, afastado, é a exceção), o treinador aproveitou para cimentar processos, beneficiando também a facilidade com que João Mário se adaptou à nova realidade, assim como a boa condição física que não lhe colocou obstáculos extra no regresso à Academia. No final da última semana, domingo, houve inclusive um jogo de treino com a equipa B dos verdes e brancos (vitória por 2-0) no qual, mesmo desfalcado, Amorim aproveitou para ver os jogadores em ação, nomeadamente o internacional português, que atuou - lá está - pelo lado esquerdo, apesar de também ter feito uma "perna" ao meio.
João Mário foi o último a chegar, mas parece ter lugar marcado no clássico com o FC Porto
Quanto a Nuno Santos, é um canhoto polivalente: com Rúben já atuou como interior direito e esquerdo do ataque, mas também já ocupou todo o corredor esquerdo, posição que conhece bem pela experiência em Vila do Conde ao serviço do Rio Ave. O ataque dos leões não é, por isso, algo estanque, pois, apesar de parecer ter peças definidas, uma das premissas da ideia de Amorim é a rotatividade, principalmente na tríade da frente - quem entrar frente ao FC Porto, no apoio a Jovane, trocará de lado sempre que o jogo assim o permita.
Tiago Tomás nas "dobras"
O treinador do Sporting parece preferir João Mário e Nuno Santos para o clássico, mas também tem em Tiago Tomás um fiel escudeiro, titular nos quatro jogos oficiais que os leões fizeram nesta temporada e autor de dois golos, frente ao Aberdeen e LASK Linz. Pode jogar sobre a ala - e aí que mais tem atuado e produzido - e também ao meio, ainda que diante do FC Porto deva começar no banco de suplentes. Ainda sobre as opções de ataque, Sporar, recuperado de uma lesão num dos adutores da coxa direita, pode integrar os convocados, mas dificilmente será opção inicial.
Matheus Nunes e Pote são a derradeira dúvida para Rúben, num meio-campo que terá João Palhinha
Mais Matheus que Pote
Fechadas as contas à frente, recuamos até à segunda linha, que, com Porro encostado à direita e Nuno Mendes à esquerda, parece ter apenas uma dúvida, neste caso sobre quem acompanhará Palhinha no meio. Tal como o nosso jornal também já adiantou, o camisola 6, que esta semana renovou o seu contrato com o Sporting por mais dois anos, de 2023 até 2025 (passa, também, dos 450 para os 800 mil euros líquidos de salário ao ano), vai ser o equilíbrio de uma equipa que Rúben Amorim quer sempre de olhos na baliza, existindo a expectativa sobre quem funcionará como o médio de ligação, se Matheus Nunes ou se Pote. Neste momento, é o brasileiro quem parece tomar a dianteira, até porque o segundo só ontem treinou integrado. A seu favor tem, ainda assim, os dois golos que fez pelos sub-21 portugueses nesta paragem FIFA no 3-0 diante de Gibraltar, momentos que o técnico dos leões poderá querer potenciar, apesar de parecer mais inclinado para o camisola 8.
O Sporting tenta, ao terceiro jogo no campeonato, somar a terceira vitória, sabendo que o primeiro clássico da época lhe pode transmitir confiança extra após a saída da Europa: Rúben é apologista do "joga quem estiver melhor", mas neste aspeto parece querer dar primazia à experiência.