Espanhol é o que menos remates enquadrados precisa de fazer para marcar e também o que mais oportunidades entrega aos colegas. Explodiu nos últimos dois meses
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Pablo Sarabia foi o maior destaque individual do Sporting nos Açores, sendo protagonista na jogada que ditou o primeiro golo, de João Palhinha, e fazendo ele mesmo o 1-2, com um remate forte.
Até ao jogo com os Açores, sempre que o jogador de 29 anos assistia ou marcava, o Sporting ganhava. Em São Miguel atingiu os números do PSG, em toda a época anterior, e ganhou com a presença na direita
Com esse tento, o espanhol de 29 anos atingiu os sete golos na época pelo Sporting - marcou um pelo PSG antes do empréstimo. Juntando as quatro assistências, o canhoto igualou os números de festejos e passes para golo que logrou em toda a última temporada, cumprindo o propósito de relançar a carreira em Lisboa, o que faz com que seja alvo de Real Madrid, Atlético de Madrid, Sevilha e Villarreal (o sítio Todofichajes escreveu no domingoque estão dispostos a pagar 20 milhões ao PSG).
Neste momento, o madrileno dá uma lição de eficácia aos habituais colegas de ataque. Pedro Gonçalves é quem tem mais golos (11), mas tem falhado na finalização, estando num jejum de nove jogos. Mais ansioso no remate, o jovem de Vidago precisa de 6,6 remates para marcar. Paulinho tem nove tentos e tem de atirar à baliza 6,4 vezes em média para festejar. O duo é batido por Sarabia, que fatura a quase cada cinco remates (5,1).
Nos passes para finalização de colegas, o espanhol também ganha: tem 35 assistências para remate, tantas como Pote, mas jogou quase menos 200 minutos (Sarabia fez 1537", Pedro Gonçalves tem 1726"). Paulinho só deu 14 bolas a rematar em 2042".
O jogo de Sarabia ganhou qualidade a partir da direita em Ponta Delgada, posição que o tornou mais preponderante a arrancar jogadas perigosas, baralhando os adversários com as suas diagonais, e que aumentou as suas contas nestes últimos dois meses: em 13 jogos fez seis golos, sendo que até aos Açores era sinónimo de vitória cada vez que marcava ou assistia. Tal sequência só encontrou na época mais goleadora em Sevilha e em Paris.
Enquadrado na ideia de jogo e ambientado a Portugal, o plano está traçado: colocou como meta fazer 15 golos na temporada, números que superariam a segunda melhor da carreira, pelo PSG, em 2019/20.