Contratações a custo zero, empréstimos e formação ajudam a turma leonina a superar a Real Sociedad, a segunda da lista. Fosso em relação à quantia gasta pelos franceses do PSG é de estratosféricos 460,6 M€
Corpo do artigo
Líder do campeonato à entrada da segunda pausa para os compromissos internacionais da presente temporada, o Sporting apresenta-se no palco europeu como o mais poupado dos primeiros classificados das oito principais ligas do continente, aquele que consegue maior contenção de gastos.
Equipa de Rúben Amorim e o Milan são as únicas que ainda não perderam nas suas ligas
Através de um projeto "low-cost" e virado para contratações cirúrgicas e aproveitamento da formação, os leões foram os que desembolsaram menos dinheiro para construir o seu onze base em comparação com Real Sociedad, Leicester, AC Milan, Bayern, PSG, CSKA de Moscovo e Ajax, os outros líderes das ligas mais bem classificadas no ranking da UEFA.
No total, o Sporting pagou 22,8 M€ pelos jogadores que formam a chamada "equipa de gala" de Rúben Amorim, em 2020/2021. Uma boa fatia desse valor foi investida neste último defeso nas contratações de Feddal (2,1 M€), Pedro Gonçalves (6,5 M€) e Nuno Santos (3,5 M€), que se tornaram titulares indiscutíveis em Alvalade.
Leões são quem menos gastou no onze entre as equipas que comandam as oito maiores ligas da UEFA
Sporar e Coates representam os outros investimentos significativos (6 M€ e 4,7 M€), enquanto as chegadas de João Mário, Porro (ambos por empréstimo), Neto e Adán (ambos a custo zero) juntam-se ao aproveitamento de Nuno Mendes e Palhinha, talentos "Made in Sporting", para ilustrar esta tendência de poupança.
Quem mais se aproxima dos leões é a Real Sociedad. À semelhança do clube de Alvalade, o surpreendente líder da liga espanhola faz da formação a sua grande arma, mas as aquisições de Portu (10 M€) e Mikel Merino (12 M€) foram decisivas para "cavar" um fosso em relação aos lisboetas.
Os russos do CSKA de Moscovo - que têm o menor valor de plantel entre os oito líderes aqui analisados - e os holandeses do Ajax também beneficiam da chamada de jovens talentos às equipas principais para apresentarem gastos bem inferiores em comparação com os números "estratosféricos" de AC Milan, Leicester, Bayern e PSG, sendo que estes últimos gastaram 222 M€... só em Neymar.
No entanto, não é só a nível financeiro que o Sporting dá nas vistas. Tendo em conta a mesma amostra, os leões também têm o estatuto de líder mais "efetivo" entre a elite europeia. Com 19 pontos conquistados em 21 possíveis, o clube de Alvalade tem um aproveitamento de 90,47% que supera o do Ajax: 87,5% à conta das sete vitórias e uma derrota em oito jornadas disputadas na liga holandesa (ver quadro abaixo).
Neste ranking, seguem-se Bayern (85,7%) e AC Milan (80,9%), com os italianos a juntarem-se ao Sporting no restrito lote de líderes das oito principais ligas da Europa que ainda não perderam nas respetivas competições.
Exemplo continental na integração de reforços
Entre os líderes das oito principais ligas do ranking da UEFA, o Sporting é aquele que melhor tem integrado os reforços contratados para a presente temporada. No onze base de Rúben Amorim, Adán, Feddal, Porro, Palhinha, João Mário, Pote e Nuno Santos são novidades em relação à temporada passada, número bem mais alto do que as duas caras novas para 2020/2021 integradas nos onzes-base de PSG (Florenzi e Danilo) e Ajax (Klaasen e Antony).
Campeão europeu em título, o Bayern regista apenas um reforço de relevo (Leroy Sané), tal como o Leicester (Fofana) e a Real Sociedad (David Silva). Já AC Milan e CSKA de Moscovo têm atuado preferencialmente com atletas que já estavam no clube em 2019/2020.