Emblema leonino recebe domingo o eterno rival com o objetivo de voltar a ganhar um dérbi, impedir a festa dos encarnados e, se o Braga não vencer no Bessa, adiar até à última jornada a questão do terceiro lugar
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É preciso recuar ao dia 29 de janeiro de 2022 para encontrar a última vitória do Sporting num clássico do futebol português. Neste caso, tratou-se de um dérbi frente ao Benfica e valeu a conquista da Taça da Liga, graças ao triunfo, por 2-1, sobre as águias.
Última vitória sobre Benfica foi em janeiro de 2022. Desde então não ganhou dois duelos com as águias e seis com o FC Porto
De então para cá já passou mais de um ano e três meses e os leões, e o seu treinador Rúben Amorim, não mais festejaram um triunfo que fosse diante do Benfica (uma derrota em Alvalade na época passada e um empate na primeira volta desta temporada) ou do FC Porto (um empate e cinco derrotas seguidas distribuídas pelas duas últimas épocas).
Esta temporada, o Sporting de Rúben Amorim conseguiu empatar 2-2 no Estádio da Luz, jogo em que esteve por duas vezes em vantagem no marcador. Na última época saiu derrotado no dérbi em Alvalade, tendo ganho os dois anteriores.
Domingo, a receção ao eterno rival constitui assim uma oportunidade para acabar com um longo e pesado jejum, o mais longo sob o comando do atual treinador que apresentara um saldo positivo nos seus primeiros dez clássicos: quatro vitórias, três empates e três derrotas, sendo que dois destes desaires tinham sido nas estreias (pelo Sporting) frente a águias e dragões no final da primeira época em Alvalade. Seguiu-se depois um ciclo de quatro jogos sem derrotas e com vitórias sobre o FC Porto na Taça da Liga e Benfica no campeonato, série interrompida com um desaire na Luz, logo depois das celebrações do título de campeão. Daí o técnico partiu para nova série invicto de quatro partidas, com dois triunfos sobre os encarnados - na Luz para a Liga e na referida final da Taça da Liga.
Um dérbi de honra
Numa época em que falhou todos os seus objetivos desportivos (campeonato, Taça de Portugal, Taça da Liga, Champions e Liga Europa), o Sporting terá, ainda assim, formas de se motivar para o dérbi. Desde logo pelo peso que estes jogos têm nos adeptos, ainda mais sabendo-se que o Benfica está a um triunfo de se sagrar campeão. Ou seja, além de querer interromper o jejum e vencer o primeiro clássico da época (até ver um empate na Luz e três derrotas com o FC Porto), os leões tudo farão para evitar a festa do Benfica no José Alvalade.
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Por outro lado, uma vez que o Braga joga na véspera com o Boavista, o Sporting irá entrar em campo sabendo se a questão do terceiro lugar ficará adiada ou não para a última jornada. No caso de um triunfo bracarense no Bessa, os arsenalistas terão automaticamente assegurado o último lugar do pódio. No entanto, em caso de derrota ou empate, os leões terão a oportunidade de reduzir o atraso de quatro pontos e deixar tudo em aberto para a derradeira ronda. Nesta, o Sporting jogará em Vizela, enquanto os minhotos recebem o Paços de Ferreira.
Arraso com o Braga - Ao comando dos minhotos, Amorim venceu os cinco jogos ante águias, dragões e... leões
O início da carreira de Rúben Amorim, ao comando do Braga, ficou marcado pelos desempenhos brilhantes frente aos três "grandes" do futebol português. Antes de se mudar para Alvalade, o técnico disputou 13 partidas com os arsenalistas, cinco das quais diante Benfica, Sporting e FC Porto e com um impressionante registo cem por cento vitorioso em 30 dias.
Tudo começou com uma vitória por 2-1 no Dragão, a 17 de janeiro de 2020, cinco dias depois seguiu-se um triunfo por igual resultado frente aos leões nas "meias" da Taça da Liga e a 25 uma vitória por 1-0 sobre o FC Porto na final da prova. A 2 de fevereiro voltou a ganhar ao Sporting (1-0), para a Liga, prova onde bateu o Benfica, 1-0 na Luz, dia 15!
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