Nuno Santos e Pote, agora com Paulinho foram uma ofensiva 100% nacional no Sporting.
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A chegada de Paulinho nas últimas horas do mercado de inverno proporcionaram ao Sporting a concretização do projeto de ataque de Rúben Amorim, dando às "asas" Pedro Gonçalves e Nuno Santos um ponta de lança "diferente" e "para o projeto" - disse o técnico -, que seja tanto o homem de área, mas também um matador.
Apesar de ainda não ter marcado em 2021, do ex-Braga esperam-se golos, para juntar aos 19 apontados pelos seus companheiros da ofensiva, já citados; numa coincidência história, a aposta no mercado nacional acabou por formar uma tríade totalmente nacional, algo que não se via em Alvalade desde a década de 1980, quando António Oliveira, Jordão e Manuel Fernandes formavam uma santíssima trindade que, por exemplo, foi determinante no título de 1981/82, com um total de 53 golos - repartidos.
É verdade que Tiago Tomás e Jovane - o primeiro internacional pelas seleções jovens e o segundo naturalizado português, apesar de ter nascido em Cabo Verde - foram muitas vezes os homens centrais no ataque leonino, mas o desejo insistente de Amorim no futebolista que treinou em Braga dá-nos a sensação de que dificilmente não será ele a liderar a armada às balizas contrárias nos 16 jogos que faltam disputar no campeonato. Só que para continuar a merecer a confiança de Rúben, que o estreou com apenas três treinos de leão ao peito, Paulinho precisa de colocar um ponto final na "seca" de sete jogos sem marcar esta época, entre Braga e Sporting (o último golo foi ao Boavista, num 4-1 a 28 de dezembro). E apesar dos 10 golos em 26 jogos de 2020/21, Paulinho só apontou três no campeonato, esse no Bessa e mais dois, a Belenenses e Rio Ave. Nada tema o camisola 21, porque o leão parece estar de boa saúde: Pote, com 14 golos, é o artilheiro do campeonato e ajuda a mitigar a pressão que os 16 milhões de euros lhe colocaram nos ombros; Nuno Santos tem cinco na I Liga e também participa ativamente com assistências (quatro) para que o Sporting seja líder isolados, com mais oito pontos que o FC Porto.
Décadas de sociedade das nações
Numa pequena viagem pela história dos ataques do leão, a tríade Oliveira-Jordão-Manuel Fernandes ainda durou até 1985, mas a partir daí houve sempre uma ofensiva base com pelo menos um elemento estrangeiro. Paulinho Cascavel, Ralph Meade, ainda na década de 1980, Balakov, Juskowiak, Leandro ou Acosta (até final de 1999), ou Jardel e Liedson, que marcaram a primeira década do milénio, juntam-se recentemente a Ricky van Wolfswinkel, Montero, Slimani, Bas Dost, Luiz Phellype ou Vietto, este último que ainda jogou esta temporada.