Casos de covid, lesões de jogadores nucleares e castigos. Nada impediu o Sporting de se tornar a única equipa lusa em todas as frentes.
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O plantel do Sporting é curto, mas isso nunca motivou queixas da parte de Rúben Amorim, técnico que foi sempre dizendo que quando faltasse algum jogador iria procurar soluções entre os jovens da formação.
Ora, o mês de dezembro levou o treinador a ir da teoria à prática e com resultados positivos, mesmo perante duros testes, que provaram a capacidade de resistência de Amorim e do Sporting às pedras que vão surgindo pelo caminho.
Entre casos de covid (quatro até ontem), lesões mais ou menos graves e castigos, o Sporting teve 12 futebolistas que não estiveram disponíveis por um ou mais jogos - vários deles habituais titulares, como Coates, Feddal, Porro, Palhinha e Paulinho -, mas isso não impediu as cinco vitórias obtidas nas provas internas, tendo a única derrotas surgida em casa do Ajax, na Champions, partida em que Amorim fez também muitas rotações por opção.
Certo é que terminada a ronda dos oitavos de final da Taça de Portugal, o Sporting passa a ser a única equipa portuguesa que ainda pode legitimamente aspirar fazer o pleno de troféus nacionais - e já ganhou a Supertaça -, encontrando-se também presente nos oitavos de final da Liga dos Campeões.
O mais notável é que neste período de seis jogos, apenas houve um totalista: Matheus Reis, que nem sequer partiu a época como titular, tornou-se imprescindível tanto a central canhoto como lateral-esquerdo. Além deste, só fizeram seis jogos os habituais titulares no ataque Pedro Gonçalves e Sarabia, o "suplente" de luxo Nuno Santos - único do plantel que fez todas as partidas da época - e os médios Ugarte e Bragança, que aproveitaram a lesão de Palhinha e a gestão de esforço de Matheus Nunes para mostrarem ao técnico que pode contar com eles para o que der e vier. Aliás, no caso do primeiro que agora vai ter de parar por causa da covid, este período serviu para confirmar o acerto da sua contratação e de que o Sporting tem nele um ativo de grande potencial: tem apenas 20 anos.
Outras duas grandes apostas de Rúben Amorim e dos leões são Gonçalo Esteves e Nazinho, de 17 e 18 anos respetivamente. Ambos disputaram três partidas nos últimos seis encontros, estreando-se na alta roda, leia-se Champions, tal como, de resto Essugo (16 anos!). No caso de Gonçalo Esteves, a aposta foi fundamental para fazer face às ausências simultâneas de Porro e Esgaio, quanto a Nazinho passa a ser também a ser mais uma opção para a ala canhota, o lugar mais rodado da equipa face à incapacidade demonstrada por Rúben Vinagre para agarrar o lugar antes de se lesionar. De resto, Tanto Matheus Reis como Nuno Santos, e inclusive Esgaio, já fizeram o lugar sem problemas.
Quarta-feira segue-se o Portimonense e Neto e Tabata são baixas por castigo a juntar à de Ugarte (covid) e outros lesionados.