Treinador do Lusitano Vildemoinhos, Rogério Sousa, admite ser mais complicado preparar o jogo por não saber que Sporting encontrará e desconhecer a forma de pensar do holandês
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Os adeptos gostam que o clube seja conhecido por Lusitano, mas também não devem levar a mal que o país diga que o Vildemoinhos quer voltar a ser herói na Taça de Portugal. Depois de eliminar o Nacional, a equipa do concelho de Viseu vai receber sábado o Sporting. O jogo não será no Campo dos Trambelos, sem condições para um confronto desta dimensão, estando marcado para o Fontelo, em Viseu. Dificuldades acrescidas, admite Rogério Sousa, o treinador. "Pelas dimensões do campo e pelo hábito que temos, esta é a nossa casa. Logicamente, essa pequena margem de favoritismo que nos pode ser atribuída podia aumentar. O Sporting não está habituado a estes campos mais pequenos e teria maiores dificuldades em explanar o seu futebol", garante o treinador do 5.º classificado da Série B do Campeonato de Portugal.
Rogério Sousa admite, no entanto, que era complicado realizar o jogo no Campo dos Trambelos. "Temos de compreender a mudança em prol do clube, porque para clubes da dimensão do Lusitano, as receitas são importantes. E mesmo para os adeptos, porque as pessoas de Viseu estão a aderir a este jogo e não seria justo estarem privadas deste espetáculo só para jogarmos no nosso campo, que infelizmente não tem as condições do Fontelo."
Além da mudança do palco, as dificuldades aumentam pela entrada de Marcel Keizer, o novo treinador do Sporting. "Está a ser uma grande dificuldade nesse aspeto, porque temos de perceber que Sporting é que vamos ter. Com o novo treinador, não conhecemos as dinâmicas e o que vai naquela cabeça. Isso ainda nos traz dificuldades acrescidas", reconhece, sem atirar a toalha ao chão. Isso nem pensar, garante. "Vamos ter um jogo muito difícil contra um Sporting que é superfavorito, mas vamos ser competitivos. Temos uma réstia de esperança e vamo-nos agarrar a ela para passar a eliminatória."
Alicerçado nessa esperança, o Vildemoinhos anseia pelo pontapé de saída. "Estamos a viver estas horas antes do jogo com alguma expectativa, como é lógico. É um jogo diferente, até pela presença da comunicação social, mas a equipa está consciente de que tem de trabalhar normalmente e tentar minimizar o que é extratreino, porque temos de estar concentrados no essencial, que é o futebol", lembra. Os métodos de trabalho não foram alterados. "Perguntaram-me se esta semana tinha tirado férias, mas não. Sou vendedor de automóveis, trabalhei durante o dia e tive de vir a correr para dar o treino. Normalmente fazemos quatro treinos e esta semana não foge à regra", assegura.