Siqueira esteve a um passo do Real Madrid, mas acabou no Benfica: "Conheci o Jorge Jesus"
Lateral esquerdo já tinha acordo com os merengues para substituir Fábio Coentrão, que iria rumar ao Manchester United. No entanto, o português acabou por não se mudar para Old Trafford e o brasileiro assinou pelo Benfica
Corpo do artigo
Guilherme Siqueira representou o Benfica na temporada 2013/14, mas esteve muito perto de assinar pelo Real Madrid nesse mesmo ano. Tudo aconteceu no último dia do mercado de transferências de verão e Fábio Coentrão foi parte fundamental neste desfecho.
A história já é do conhecimento público, mas o lateral esquerdo, que já pendurou as chuteiras, voltou a contá-la, numa entrevista ao jornal espanhol AS. Pois bem, nesse último dia do mercado de transferências, Fábio Coentrão, que representava o Real Madrid, estava a ser negociado pelo Manchester United. O brasileiro, de 37 anos, seria então contratado ao Granada para substituir o internacional português. Mas o negócio não se fez e Siqueira 2acabou por assinar pelo Benfica.
O último dia do mercado foi uma loucura. Depois de três anos no Granada, sabia que havia interesse por parte do Real Madrid. Disseram-me que a operação não seria fácil, nem rápida, porque o Coentrão tinha de sair de lá. Também houve interesse do Liverpool, mas recusei, porque queria esperar pelo Real Madrid. A juntar a isso, o Benfica estava em cima da mesa, porque o seu presidente gostava de mim. Depois de fazer a pré-época com o Granada, o primeiro jogo da LaLiga foi contra o Real Madrid. Não joguei nesse jogo, mas no túnel falei com o Marcelo e ele perguntou-me se eu ia assinar ou não. Atrás de mim, o Cristiano passou e fez-me a mesma pergunta. Fiz uma piada e disse-lhe que se o seu compatriota saísse, eu podia ir. No jogo seguinte, o Ancelotti disse em conferência de imprensa que o plantel estava fechado, que não haveria entradas nem saídas. Mas no último dia, quando eu não tinha nada e ia ficar no Granada, o meu agente ligou-me a dizer que o Benfica me queria emprestado. Apanhei um avião e, quando estava a embarcar, o Quique Pina e o meu agente ligaram-me. Disseram-me que Coentrão estava de saída e que eu ia assinar pelo Real Madrid. Assim que aterrei em Lisboa, assinei o meu contrato e já era jogador do Real Madrid. Já era tarde e estávamos todos contentes, mas o José Ángel Sánchez ligou-me e disse-me que a documentação do Coentrão e do Manchester United não tinha chegado a tempo e que não podia ser feito o negócio. O José Ángel Sánchez disse-me, então, para eu voltar para o Granada e que iríamos assinar um pré-contrato para janeiro. Eu disse que não. Estava em Lisboa e assinei com o Benfica. Tinha tudo acertado com o Real Madrid, salário e anos de contrato. Ia jogar três anos de branco", contou o antigo futebolista, que não se arrependeu de escolher o Benfica.
"De todo. No Benfica ganhámos os três títulos nacionais e jogámos a final da Liga Europa. Fiquei a conhecer o Jorge Jesus e o clube. Aliás, arrependi-me mais de não ter assinado mais épocas no Benfica do que de não ter ido para o Real Madrid. Costumava dizer-lhe isso. Embora a minha carreira tenha terminado cedo, estou grato por ter jogado no Atlético, no Benfica, no Granada e no Valência e por ter estado a um passo do Real Madrid", confessou.