Direcção escreveu ao presidente da Mesa da Assembleia Geral (AG) a pedir a realização de eleições no final da época desportiva e não em 2017, depois de saber, por este, de um requerimento para a realização de uma AG extraordinária com o propósito de a destituir.
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A Direcção da Académica, presidida por José Eduardo Simões, fez saber ao presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), Castanheira Neves, que pretende ver antecipado o final do mandato em cerca de um ano e ir a votos no final da época desportiva em curso, como resposta à contestação interna. Esta foi a reacção do executivo do clube de Coimbra à notícia de que um grupo de associados apresentou um requerimento a pedir a convocação de uma Assembleia Geral (AG) Extraordinária "com vista à destituição da Direcção", lê-se na carta enviada ao presidente da MAG, publicada no site da Académica.
Foi pelo próprio Castanheira Neves que a Direcção soube da existência do requerimento e, mesmo sem que este lhe tenha sido remetido, escreve que "já está definida a intenção de levar avante esse propósito" e que "foi mesmo avançada data para a sua realização".
No documento, a Direcção se diz-se vítima de uma "estratégia urdida e conduzida" pela oposição derrotada no último acto eleitoral. No entanto, entende que se "impõe dar a palavra aos sócios convocando-os para que, nos termos estatutários, afirmem a sua vontade quanto ao que pretendem dever ser o futuro próximo da Académica" e, nesse sentido, antecipar as eleições que deveriam ter lugar em 2017.
Falta saber se, ainda antes do final da temporada, José Eduardo Simões terá mesmo de defender a continuidade do corpo directivo eleito em 2014 na Assembleia Geral Extraordinária requerida para o destituir. Recorde-se, entretanto, que a Académica tem marcada quinta-feira, 29 de outubro, uma AG para apreciação e votação das contas de 2014/15 e discussão da possibilidade de apresentar bens imóveis do clube como garantia em processos de dívidas à Autoridade Tributária e à Segurança Social.