Bola esteve mais vezes parada do que a rolar nos 23" entre o penálti revertido e o final. Os 55,5% de tempo útil do FC Porto-Arouca nem entram no top-10 das quatro primeiras rondas. Só nos desafios de Chaves e Farense é que a bola rolou menos do que nos dos dragões.
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Houve um FC Porto-Arouca antes de Miguel Nogueira recorrer ao telemóvel para reverter um penálti e um muito diferente depois. Se até aos 89:06 o jogo decorria sem grandes interrupções, mesmo com as dificuldades de comunicação entre o árbitro e a Cidade do Futebol, que já haviam ficado espelhadas num lance anterior, daí em diante foi um verdadeiro caos.
Entre esse momento e o apito final do juiz da AF Lisboa, o relógio avançou 23 minutos, mas a verdade é que nesse período verificaram-se paragens que totalizaram mais de 15". A análise do lance entre Taremi e Milovanov consumiu boa parte dele, como se pode ver na infografia abaixo.
Foram quase sete minutos, entre a marcação da alegada falta e o recomeço com a bola nas mãos de Arruabarrena. Além disto, o árbitro teve ainda de confirmar uma grande penalidade sobre o iraniano e o golo de Evanilson. Interrupções que levaram ao prolongamento do período de descontos para um número anormal, ainda que o futebol praticado tenha sido muito pouco.
Apesar disso, a partida ainda terminou com 55,5% de tempo útil de jogo. A percentagem, note-se, é a mais alta registada num encontro do FC Porto nas quatro primeiras jornadas, mas não chega sequer para entrar no top-10 dos jogos da liga em que a bola mais rolou. De resto, no que toca à tabela dos clubes com maior média de tempo útil, os dragões surgem apenas no 16.º lugar - pior só o Chaves e o Farense -, com 55:05, apesar de a média de tempo de jogo até ser a mais elevada da prova (107:46).