Sérgio Conceição: "Nós temos seis faltas e temos um vermelho e dois amarelos..."
Declarações de Sérgio Conceição após o FC Porto-Vitória (1-2), da 28ª jornada da I Liga
Corpo do artigo
O jogo e a expulsão: “O jogo complicou-se pela expulsão do Pepe. E não conseguiram fazer mais por causa do treinador. Consegui perceber que, aos cinco minutos, há um penálti claro sobre o Galeno, mais um. Não sei o que é preciso os meus jogadores fazerem para se assinalar um penálti. Está difícil. Sei que os jogadores sentem muito isso, por aquilo que foi este passado recente, aquilo que se falou nestas duas semanas."
O penálti claro: "Sei que amanhã vocês vão falar mais da expulsão do Pepe do que propriamente das outras situações, que foi esse penálti claro sobre o Galeno e depois uma situação ali próximo do banco que origina o primeiro golo do Vitória. Foi também nas costas, fora da área. Assinalam-se faltas e, às vezes, que não são. E dentro da área não se assinala. É isto. Fica difícil. Os jogadores perdem essa frescura que devem ter a nível emocional. Não devem. Saímos prejudicados com isso."
O adversário: "O Vitória veio fazer o jogo que eu pensava que vinham fazer. Baixaram um bocadinho o bloco, tiraram um avançado, para sair em transição. Para aproveitar aquilo que era algum espaço que deixaríamos nas costas. O primeiro golo surge numa situação que foi menos grave do que aquela que se passou na área. E o jogo seria outro. Não sei se teríamos golo ou não. Não sei se perderíamos ou não. O jogo seria outro, com toda a certeza."
Faltas e cartões: "Mas depois há uma equipa que faz 23 faltas. Tem 5/6 amarelos, alguns por discussão. Nós temos seis faltas e temos um vermelho e dois amarelos. Começo a perder a alegria e a paixão que tenho pelo futebol. Há muita coisa negativa, a começar por aquilo que não fizemos e devíamos ter feito, culpa do treinador. Quando me perguntaram se ia ver o dérbi. Disse que sim. Havia uma equipa a perder. Hoje poderíamos nos aproximar e ficar a seis pontos, a faltarem 18. Mas está difícil. Desta forma, está muito difícil. Mas vão ter que levar connosco até ao final. Lutar até onde pudermos lutar. Fazer o máximo. Agora acho que é visível para todos, há coragem para expulsar o Pepe, e provavelmente é bem expulso, não há coragem para expulsar um jogador do Benfica, o Di Maria, não há coragem para mandar o Hjulmand para fora. Para uns há coragem, para outros não há. E é isto o futebol português”.