Seferovic elege troca de técnicos como a chave para o sucesso: "Com Lage senti confiança"
Classificando de "perfeito" o momento que vive na Luz, o camisola 14 garantiu ter crescido à medida que os golos iam entrando, ao ponto de ter deixado para trás velhos hábitos
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Garantindo que a aventura no Benfica se tornou perfeita na segunda metade da temporada que agora findou, Seferovic lembrou os tempos de obscuridade vividos quando os encarnados ainda eram comandados por Rui Vitória e apontou a entrada de Bruno Lage como o momento que mudou a sua "vida".
"Nunca deixei de lutar por um lugar e acabei por me refugiar no trabalho. O que provocou a mudança foi a entrada de Bruno Lage no comando técnico do Benfica. Nessa altura, comecei, finalmente, a jogar com alguém que tinha confiança em mim. Ele optou por jogar num 4x4x2 com o João Félix nas minhas costas e tudo correu pelo melhor", afirmou o avançado do Benfica, em entrevista ao "Le Journal", da Suíça.
Abordando as exibições superlativas do seu jovem colega de ataque, Seferovic destacou o "enorme talento" de Félix e explicou que as características deste o ajudam a tornar-se mais letal nas áreas adversárias.
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"O João Félix tem um talento enorme. Como ele também tem um perfil de camisola 10, costuma ir atrás buscar jogo. Dessa forma eu posso ficar mais à frente e focar-me na baliza", explicou o suíço.
Autor de 23 remates certeiros no campeonato, registo que o tornou no melhor marcador da competição à frente de Bruno Fernandes, Seferovic confessou aos compatriotas que o acumular de golos fez nascer um sentido de "matador", dando como exemplo o embate com o Feirense, logo após o seu casamento, celebrado em Cascais, dia 4 de abril.
"Dois dias após o meu casamento, entrei em campo, um defesa adversário corta a bola para os meus pés e eu marco. Não sei o que tem acontecido, mas, na maior parte das vezes, dou por mim a estar no sítio certo à hora certa", contou o avançado, referindo-se ao seu primeiro golo na vitória sobre o Feirense (4-1).
Por fim, o camisola 14 do Benfica também revelou que as boas exibições foram o melhor remédio para apagar alguns vícios do passado: "Acho que também estou mais calmo e deixei de perder energia a discutir com os árbitros, um mau hábito em que caía frequentemente."
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