"Se os jogadores finalizassem todas as situações estava feito. O presidente vendia dez em janeiro"
Declarações de Rui Borges, treinador do Vitória de Guimarães, em antevisão ao jogo com o Nacional, a contar para a 15.ª jornada.
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O que espera do jogo: "Não há nada que possa condicionar. Espero e acredito que vamos continuar a dar uma boa resposta e vamos fazer um bom jogo, perante um bom adversário. É uma equipa da qual eu gosto bastante, bem organizada, que valoriza o jogo e não se encolhe. Gosta de pressionar alto. É uma equipa com valores individuais muito interessantes, com um treinador jovem e com boas dinâmicas. Para mim, é uma boa equipa, que nos irá causar problemas. Acima de tudo, espero que a minha equipa esteja pronta e capaz de fazer o que tem sido capaz de fazer: estar intensa, mandar no jogo e criar muitas situações de finalização. Queremos ganhar para dedicar a vitória aos adeptos nesta época especial".
Se o Nacional ter tido um jogo a meio da semana equilibra as contas: "Acho que não. De quinta para amanhã ganhámos mais um dia, que faz muita diferença no descanso. Acredito que os jogadores estejam preparados, sempre fiéis à ideia de jogo. Acredito que será um bom jogo, com duas equipas a jogar bem e a privilegiar o jogo. Duas equipas bem organizadas com e sem bola, acredito que será um bom jogo. A minha vontade é que o Vitória esteja capaz de dar a resposta que tem dado. Que estejamos ambiciosos mas sempre cientes que do outro lado está uma equipa muito difícil. Amanhã temos de estar motivados e voltar às vitórias no campeonato".
Se espera que eficácia aumente: "Isso é trabalho, temos trabalhado nesse sentido. É muito do momento do jogador. Preocupava-me se não criássemos tantas situações de finalização. Temos tido imensas aproximações à baliza e de remates. Acredito que com o passar do tempo, com o trabalho, acreditar e em nunca desconfiar do trabalho deles, dentro da qualidade coletiva que temos demonstrado, vai acabar por acontecer com naturalidade, uns jogos mais, outros menos. Mas isto é o futebol, porque se os jogadores finalizassem todas as situações que têm tido estava feito, o presidente vendia dez jogadores em janeiro. Faz parte do crescimento deles e estou muito feliz com o que eles têm sido capazes de criar".
Gustavo Silva a ponta de lança: "Ele dá coisas diferentes de um avançado normal. Conseguimos fazer algumas coisas boas, os colegas também reveem nele qualidades diferentes dos que têm jogado. Acima de tudo, é sentir na disponibilidade de querer ajudar. Para mim, treinador, é muito bom, ele correspondeu e correspondeu bem. É um jogador que gosta de ouvir e trabalha imenso, como todos eles. A equipa adaptou-se bem e percebe o que cada um dá. Estou muito tranquila. O Merci também tem um perfil muito interessante, esta a trabalhar conosco há alguns dias, tem de crescer e também pode ser solução. O Bica precisa de, no momento certo, perceber que vai ser a hora dele, e tem tido essa capacidade e calma. Nos últimos anos ele não tem tido muitos jogos e por isso a adaptação deles vai custar mais. E perceber o contexto em que está inserido, tanto ele como o Merci. Estou muito feliz com todos eles".
Com o final da Liga Conferência, equipa terá menos jogos: "O acumular de jogos tem sido uma aprendizagem para todos nós. A equipa tem crescido imenso e temos tido jogos de três em três dias. Os dias têm quase sido todos de recuperação. Mas a equipa tem crescido, tem percebido o que precisa de fazer. Mas, enquanto treinador, sinto que vai ser subjetivo. Estamos com jogos todas as semanas, de três em três semanas, estão muito motivados e vamos ver como é que eles vão sentir, depois, as semanas. É diferente, não se de que forma é que mentalmente vão lidar com isso. Vai ser um desafio para nós mas acredito que eles também precisam de descanso. Claro que precisam, não saímos daqui, e eles precisam também de respirar. Podemos trabalhar coisas que não trabalhámos há algum tempo. Quero-os sempre ligados".