Declarações de Jorge Simão na antevisão ao jogo do Boavista com o Gil Vicente, a contar para a 32.ª jornada da Liga.
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Que dificuldades espera: “Acho que ainda está para nascer o treinador que venha dizer que um jogo vai ser fácil. Não existe. Em competição, em qualquer competição, mesmo nos matraquilhos... se estiver a jogar matraquilhos com o meu filho, há sempre dificuldades porque ambos querem ganhar. Isto é que é uma competição. E se há um resultado que às vezes acontece, como no futebol formação, de 22-0, são resultados desfasados do que seria um nível normal de competição e é porque os quadros competitivos estão mal feitos. Quando estamos em alta competição, não há facilidades. Todos os jogos têm extremas dificuldades, em que se todos os jogadores não se apresentarem no seu melhor registo, no máximo das capacidades e que funcionem como equipa, a tarefa será difícil”
Se Bozenik estará disponível: “Não conseguiu recuperar a tempo. Espero que nos próximos tempos recupere mas ainda não está apto para este jogo”.
Se pretende repetir a boa segunda parte que fez perante o Vitória: “Estará para nascer o treinador que depois de passar por um jogo daqueles com uma primeira parte assim e uma segunda melhor venha dizer que não queira aquela atitude. Claro que quer. Parece que fizemos aquela segunda parte porque os jogadores vieram com uma atitude diferente, mas na primeira também tiveram muita atitude. A questão é que é um jogo e um jogo pressupõe a existência de duas equipas e, às vezes, a nossa intenção de fazer ou sermos rigorosos tem do outro lado um adversário que procura fazer outras coisas e que nos coloca um tipo de dificuldades no jogo que nos faz parecer que tivemos uma parte mais inibida. Acho que também tem muito a ver com os estados emocionais que se vão vivendo no decurso do jogo. Agora, qualquer treinador queria que o jogo fosse todo como a segunda parte. Se conseguíssemos jogar sempre naquele registo, para mim como treinador ficaria extremamente encantado.
Espera boa casa, depois de mais dias de trabalho: “Para mim é muito claro. Jogamos para os nossos adeptos, para as pessoas que gostam de nós. O futebol, lembrando os tempos da pandemia em que jogávamos com os estados vazios, foi terrível. Porque jogamos para os nossos adeptos e, sem adeptos nos estádios, o jogo não faz sentido. Se estiver a jogar matraquilhos com o meu filho sem ninguém ver, divertimo-nos, mas para que isto se sinta realmente... nós precisamos dos nossos adeptos. Termos e sentirmos uma envolvência de milhares de pessoas a puxar por nós, os jogadores sentem isto. O fator emocional num decurso de um jogo pode ser decisivo e o calor que pode vir das bancadas vai ajudar-nos ao que procuramos, que é ganhar”.