Declarações de Roger Schmidt, treinador do Benfica, no "Thinking Football Summit", evento da Liga que termina este sábado, no Porto
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A Liga portuguesa é na qual os jogadores têm menos espaço de manobra, especialmente de ataque, em relação a Alemanha, Áustria e Países Baixos? "Penso que não podemos falar da liga como um todo. Cada clube tem o seu estilo de jogo, filosofia e abordagem. Obviamente nesta altura acho que muitas equipas jogam com cinco ou quatro defesas, aconteceu na última época, jogámos muitas vezes contra esta tática, significa que há mais um defesa na linha. Na Liga dos Campeões jogámos na época passada contra cinco. Isto significa que se defendem em profundidade há muitos jogadores na área e à sua volta. Centrais e médios-centro e não tantos atacantes. Temos de encontrar espaço, soluções e criatividade para acelerações no momento certo. Estou atento a isso. Se a defesa é mais profunda há momentos no jogo em que temos tarefas diferentes, contra-ataques, por exemplo, após recuperar. Importante é procurar soluções para defesas mais a fundo, mais atrás. Temos de pressionar e fazer transições após ganhar a bola para encontrar momentos para marcar."
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Em 2022/23 sentiu na segunda parte da época que os treinadores adversários conheciam melhor as suas escolhas, até taticamente, e que foi mais difícil? "Penso que é muito fácil analisarmos, jogamos sempre da mesma forma. Como treinador, podemos ter diferentes abordagens e ideias para um estilo de jogo. Acredito que o melhor é termos as nossas próprias ideias de jogo e não mudar a abordagem devido ao adversário. Algumas equipas portuguesas tentam mudar na Liga dos Campeões, nós acreditamos em nós próprios. Se virem, o Benfica não joga com um estilo a cada semana, temos o nosso estilo, mas temos flexibilidade para adaptar algumas questões. Mas se jogamos futebol intenso com muitos momentos e transição, jogamos esta época o mesmo que na anterior. Primeira parte é semelhante à segunda. Tentamos ajustar algumas coisas e fazer melhorias para ter alguma criatividade, mas preparamos cada jogo. O jogo e o sentir o futebol no terreno é algo diferente. Penso que não ganhamos todos os jogos mas a maioria das vezes formos competitivos e implementámos o nosso jogo."
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