Declarações de Roger Schmidt, treinador do Benfica, na cimeira Thinking Football, no Porto.
Corpo do artigo
Mais contra-ataque na I Liga: "Quando jogamos no nosso estádio, claro que na maioria das vezes temos mais posse de bola, cerca de 65/70%. A equipa tenta encontrar os melhores momentos para evitar que os adversários tenham contra-ataques. Temos de ter cuidado quando perdemos a bola, pois o adversário está sempre bem organizado. E nós temos muitos jogadores no ataque; precisamos de muitos jogadores no ataque para marcar. Temos de estar bem organizados para evitar contra-ataques. A nossa arma é a pressão de jogo, para isso temos para roubar a bola, que é a melhor forma de evitar contra-ataques. Algumas vezes eles são bons no início. Tentam avançar no terreno, mas se recuperarmos a bola, encontramos mais espaço e já marcamos muitos golos dessa forma. Na minha experiência, e também nas outras ligas em que trabalhei, algumas equipas com um maior orçamento, como Benfica, FC Porto, Sporting, Braga, têm de ter mais cuidado e preparar-se para o contra-ataque. O mesmo também acontece na Alemanha, Áustria e China. Não senti grande diferença entre esses campeonatos e o de Portugal."
Os jogadores defendem menos: "Para nós, isso é impossível. Para jogar da forma como queremos jogar, defender aplica-se a todos os nossos avançados. Não podemos deixar de trabalhar nisso. Temos de pressionar alto e pressionar a bola com os avançados. Se eles não fizerem isso, temos um problema. Se não for assim, os adversários vão encontrar soluções. No futebol moderno precisamos de onze jogadores muito fiáveis no seu comportamento tático. Cada jogador tem de fazer o mesmo, mas em níveis diferentes. Claro que os defesas estão mais envolvidos, mas espero o mesmo dos nossos avanºados, mas dois níveis à frente. Vejo muitos bons exemplos nas equipas de topo. Se olharem para o Manchester City, venceram a Liga dos Campeões e a Premier League, e os seus jogadores no ataque não são preguiçosos. Estão sempre envolvidos no jogo, sempre atrás da bola, fazendo a diferença devido à sua qualidade individual. O PSG do ano passado, com Neymar, Messi e Mbappé na frente... pode ser campeão na liga francesa, mas não no futebol internacional. Precisamos de todos os jogadores."
16995452
16995463