Declarações após o jogo Vitória de Guimarães-FC Porto (0-3), da sexta jornada da I Liga, disputado este sábado em Guimarães
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Vítor Bruno (treinador do FC Porto): "Foi uma vitória justa e inequívoca. Tivemos uma primeira parte segura, na qual estivemos muito disciplinados com bola, não dando azo àquilo que o adversário gosta de fazer, que é sair em transições. Estivemos sempre muito bem arrumados no campo e a encontrar espaços nas costas da primeira linha de pressão do Vitória de Guimarães para, depois, atacarmos. Os primeiros 60 metros foram bem conseguidos, mas o campo tem 100 e faltavam-nos 40. Ao intervalo, pedimos mais intencionalidade ao nosso jogo e sentimento nas ações. Fizemo-lo bem e estivemos mais acutilantes, ousados e verticais. Os jogadores foram irrepreensíveis na forma como se atiraram ao jogo.
O Samu é realmente grande, mesmo na sua dimensão física. É tão robusto do ponto de vista físico que, na primeira parte, acabou por ser menos protegido do que qualquer outro e todos os contactos eram assinalados [em seu desfavor]. Às vezes, esquecemo-nos da dimensão física, que é um fator importante no futebol. Ele oferece coisas diferentes dos outros avançados, mas já disse que conto com todos. Percebe-se em determinados momentos que ainda não está totalmente identificado com o jogo da equipa. Por vezes, desconecta-se um bocadinho e não entende bem a linguagem corporal dos colegas, mas, aos poucos, vai começar a criar essa ligação com quem o pode alimentar [em zonas de finalização].
[A ausência de Otávio Ataíde da ficha de jogo] Foi uma opção técnica. Sei que vão especular, mas ele conta para mim como contam os outros defesas centrais. Tivemos de tomar decisões e de proteger um jogador que estava a ser praticamente linchado em praça pública. Às vezes, é preciso retirá-los do ónus colocado em cima deles. É importante serená-lo agora, mas voltará a jogar, porque confio muito nele."