Samaris: "Apanhei treinadores a dizerem aos jogadores para se atirarem para o chão"
Vigilância na reposição de bola entre sugestões para subir tempo útil no futebol
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vigilância na reposição de bola surge entre as sugestões deixadas pelo futebolista do Rio Ave, Andreas Samaris, para subir o tempo útil de jogo, na cimeira Thinking Football, no Porto.
A solução "está nas mãos de treinadores e jogadores", nota o médio internacional grego, que pede "mais ordem nos bancos", bem como a hipótese de outros membros da equipa de arbitragem admoestarem os restantes intervenientes da partida.
"Um atleta pode sentir em campo que o jogo não está a correr bem e fingir uma lesão. Já apanhei treinadores adversários a mandarem a dica aos seus jogadores para se atirarem para o chão. Ultimamente, isso está melhor, porque há técnicos mais novos, que querem mostrar trabalho e colocar as equipas a praticarem bom futebol. Estamos todos nisto", testemunhou o médio do Rio Ave, também do escalão principal, que alinhou no Benfica.
O jogador, de 33 anos, ressalvou que "ninguém é inocente" na avaliação da I Liga como um dos campeonatos europeus com menor tempo útil de jogo, cuja média anda nos 57 minutos e nove segundos, de acordo com um estudo do Observatório do Futebol (CIES).
"Quando há tantas faltas marcadas, alguns são levados a caírem nisso, pois pensam que o mais provável é o árbitro assinalá-las. Temos de ajudar os árbitros, se queremos maior qualidade no seu trabalho. Ao metermos mais pressão, é mais provável que mais erros aconteçam. Também fui culpado nisso e não percebia bem qual era o papel deles, mas a experiência educou-me. Os miúdos podem ser educados para não precisarem de chegar aos 30 anos para perceber aquilo que é melhor para o jogo", finalizou Samaris
A conferência Thinking Football decorreu de sexta-feira até este domingo, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, sob inédita organização da Liga Portugal.
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