Vigilância na reposição de bola entre sugestões para subir tempo útil no futebol
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A vigilância na reposição de bola surge entre as sugestões deixadas pelo treinador Ivo Vieira para subir o tempo útil de jogo, na cimeira Thinking Football, no Porto.
Ivo Vieira, que recentemente deixou o comando do Gil Vicente, da I Liga, insistiu na revisão dos seis segundos de reposição do esférico destinados aos guarda-redes para solicitar "coragem aos árbitros" no "cumprimento das regras e na tomada de decisões".
"Quando o juiz principal exibe cartão amarelo, deveria ser o quarto árbitro a apontá-lo. As bolas deviam ter uma localização fixa ao redor do relvado para que o jogador saiba que dispõe de uma a poucos metros para acelerar o jogo", frisou o madeirense, acreditando que o anti-jogo "não é estratégia, mas uma forma enganadora de conquistar as coisas".
Confrontado com "uma discussão estrutural", que se relaciona "com formação, cultura e sociedade", o técnico, de 46 anos, assenta a "tendência" dos seus colegas de profissão em "perder muito tempo" com o "receio de ficarem sem trabalho num setor "resultadista".
"Se não houver bons espetáculos, não há quem compre bilhete e vá aos estádios. Sendo uma questão muito profunda, já se perdeu muitos anos neste processo e quem é visado são os intervenientes. Gostaria de mudar muita coisa, mas temos de ser todos", alertou.
A conferência Thinking Football decorreu de sexta-feira até este domingo, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, sob inédita organização da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).
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