Marca foi atingida no dérbi de Guimarães, resumindo uma liderança de 21 anos cheia de conquistas e com um pódio à mercê
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Não podia ter sido mais feliz o jogo 1000 de António Salvador, fazendo casar uma vitória alcançada nos últimos cartuchos na casa do maior rival com um número simbólico e de muito respeito, referente ao seu consulado na presidência, que já dura há 21 anos. Vencer em Guimarães é razão de regozijo e euforia desmedida, em qualquer contexto, este com um extra de tempero pelo golo de Rony ter surgido na contagem final, quebrando fatalmente o adversário histórico da região. Salvador viu tudo no D. Afonso Henriques e pôde logo fazer contas ao brilhantismo do seu reinado como líder dos minhotos, aproveitando o jogo 1000 para fazer um exercício mais largo e enriquecedor sobre o percurso pessoal. O triunfo em Guimarães foi, por todas as razões, um brutal gatilho anímico para a última jornada, na qual se decide, na Pedreira, o terceiro lugar. Se o Braga vencer o FC Porto, repetirá o pódio de 2022/23, então em prejuízo do Sporting.
Este grande momento de forma sob a batuta de Rui Duarte, embalado na prova de fogo superada com toque épico em casa do rival minhoto, satisfaz, certamente, António Salvador, obrigado esta época a mudar de treinador no decorrer da competição, algo que não fizera durante três temporadas consecutivas.