Kadima, capitão do Stade Lausanne, elogia Gharbi, o médio que teve uma estreia de sonho na I Liga
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Traços de alma sedutora que não enganam, recursos múltiplos na condução e na definição. Gharbi, cedido pelo Paris Saint-Germain , foi preparado por Carlos Carvalhal para a estreia com a certeza de que tinha um diamante pronto a reluzir. Não demorou na adaptação e na assimilação de processos necessários.
Rayan Kadima jogou com Gharbi na Suíça. E a opinião que tem dele vai ao encontro das pinceladas de classe que mostrou na estreia com a camisola do Braga e que ajudaram a derrotar o Nacional.
A chamada a jogo com o Nacional destapou o véu sobre o craque que já impressionara na passagem pelo futebol suíço, na última época, alinhando pelo Stade Lausanne. Acabou com sete golos e seis assistências. Na Choupana também produziu magia suficientemente capaz de resolver o jogo: as três estocadas guerreiras começaram, cada uma delas, em Gharbi. Desarmou o rival e promoveu a sua capitulação.
A influência do jovem espanhol, de 20 anos, logo ao primeiro jogo pelo Braga, deixa sinais entusiasmantes e o capitão do Lausanne, Rayan Kadima, acentua as indicações positivas. “Chegou aqui discretamente, simples, humilde e respeitador, com muita vontade de jogar futebol. Ouviu tudo, desde o funcionamento do clube ao plano de jogo. Teve uma integração muito rápida e não tardou a demonstrar todo o talento”, gaba o central suíço, de origem congolesa.
“Fez fãs por toda a Suíça. Os adeptos do Braga vão adorá-lo”
A chegada de Gharbi a Braga já parece levar a mesma assinatura. “Apreciava muito a personalidade dele; em campo, era tecnicamente superior, tinha uma velocidade de execução excecional e, em cada partida, desbloqueava situações que ninguém da equipa conseguia fazer”, recua Kadima, maravilhado com a desbunda generosa de classe do médio-ofensivo. “Como capitão, ter um jogador que fazia de forma tão flagrante a diferença era fascinante. Sabíamos que logo que lhe fosse dada a bola, fazia sempre algo mágico”, sustenta o central, adivinhando uma futura viagem de Gharbi até ao topo. “Tem forte nível europeu, ganhou maturidade na Suíça e chega ao Braga com experiência e determinação. O potencial é claro, estou convencido de que estará entre os melhores. E vai demonstrá-lo em Portugal”, valida.
Kadima reconhece que o Paris Saint-Germain marcou um acompanhamento intenso do que fazia o criativo. “Eles estavam sempre a documentar-se. Na nossa equipa atuava mais como 10, tinha muita liberdade, mas também era capaz de apanhar o corredor e entrar para dentro”, observa o central, lembrando o astral descontraído do espanhol, que tem sangue magrebino. “Estávamos sentados um ao lado do outro no autocarro e ele dizia-me que gostava de dar alegrias às pessoas. Fez fãs por toda a Suíça, estava sempre animado a dar autógrafos e tirar fotos. Os adeptos do Braga vão adorá-lo!”, reforça, agora como fã à distância da nova coqueluche bracarense.