Ouvido pela juíza Maria Antónia de Andrade, no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, após a chegada da Hungria
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Rui Pinto, acusado em Portugal de de ter acedido ilegalmente aos sistemas informáticos do fundo Doyen e do Sporting - aliás, os únicos factos com os quais foi confrontado a 22 de março de 2019 - declarou à juíza Maria Antónia de Andrade, no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, que tal não corresponde à verdade. "Não tive nenhuma intromissão em sistemas nacionais e internacionais", disse durante o interrogatório e agora divulgado pela revista Sábado.
"O site não divulgava apenas informações confidenciais. Os documentos eram obtidos através de fontes. Que eu tenha conhecimento não exisitiram acessos ilegítimos", afirmou ainda, confirmando pertencer a "colectivo de pessoas" que está por detrás do site Football Leaks. Instado pela juíza para explicar como teve, então, acesso a informação confidenciais publicadas no Football, Rui Pinto terá dito: ""Através de fontes, foram-me parar às mãos".
Ainda segundo a revista Sábado, o pirata informático que cumpre ainda prisão preventiva em Lisboa, garantiu que nunca teve intenção de receber dinheiro quando contactou Nélio Lucas, da Doyen. "Sabia que era uma quantia irrealista que lancei para a mesa, para ver qual seria a reacção, quanto é que ele iria pagar pelo meu silêncio. Pressionei o Nélio Lucas, mas não era para obter dinheiro. "Falei de alguns negócios que considero ilícitos. Tentei descobrir a verdade, encostá-lo à parede, para que ele se descaísse e confessasse a ilegalidade", disse à juíza.