Pirata informático fez anúncio através da rede social twitter.
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Rui Pinto anunciou esta quarta-feira, através do Twitter, que vai continuar em prisão preventiva. O pirata informático falou num "episódio revelador de terrorismo". "A manutenção da medida de coação de prisão preventiva é simplesmente apenas mais um episódio revelador do terrorismo judicial de que venho sendo alvo", pode ler-se no tweet.
O pirata informático, detido em prisão preventiva em Portugal - foi preso a 22 de março, ma Hungria - é bastante contundente nas críticas que faz: "É contra esta podridão que eu tenho lutado e é por isto que sou um alvo a abater. Felizmente terei em tribunal o palco ideal para contar muito do que sei...", pode ler-se.
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Expressões como "preso político", "proteção da grande corrupção e evasão fiscal" são utilizados numa extensa declaração em que revela nunca ter sido ouvido por quem devia: "Nestes últimos seis meses nunca fui abordado por qualquer inspetor da polícia judiciária ou procurador do Ministério Público especializado na investigação de crimes financeiros ou de corrupção".
Rui Pinto revela ainda que fez diversas denúncias anónimas através da plataforma de denúncias anónimas do DCIAP em 2017 e 2018, mas que nenhuma mereceu ainda investigação, recordando ter oferecido "total disponibilidade para colaborar" com as autoridades portuguesas nos moldes em que o fez com França e Bélgica. "O Ministério Público [...] foi claro ao referir expressamente que apenas pretende a minha colaboração numa lógica de autoincriminação e não para investigar crimes cometidos por terceiros".
Considerando que em Portugal o Ministério Público está a transformar-se "num perigo para o equilíbrio da democracia", Rui Pinto escreveu que o MP pratica o "cúmulo de ocultar e ignorar elementos de prova incómodos".