Declarações de Rui Borges, treinador do Vitória de Guimarães, em antevisão ao encontro diante do Mladá Boleslav, a contar para a terceira jornada da ronda principal da Liga Conferência.
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Se pode haver rotação na equipa: "Este excesso de jogos é positivo. Os jogadores gostam muito de jogos, querem é jogar. É bom sinal, é sinal que estamos inseridos nas competições que queremos. Vai ser um jogo dentro do que tivemos na Liga Conferência. Equipas mais pragmáticas, fortes nos duelos e fisicamente bem constituída. Vai ser um jogo muito difícil, sabemos que os nove pontos podem garantir, entre aspas, no mínimo, o play-off, não fugimos a isso. Não deixamos de ter essa noção, por isso é importante para nós nesse sentido. É importante para nós continuarmos a ter bons resultados e ter os adeptos do nosso lado para levarmos o adversário de vencida. Respeitamos o adversário tal como ele é, independentemente dos resultados que estão para trás. Acredito que defensivamente vai dar o máximo, que venha com um bloco médio/baixo e com uma linha de cinco. Vai condicionar em algumas coisas e temos de estar focados o tempo todo. Temos de estar muito rigorosos e concentrados para não sofrer qualquer desgosto e ganhar".
Registo de golos elevado na Liga Conferência: "O nosso campeonato está muito competitivo. Desenganem-se se pensam que vamos ganhar sempre por muitos golos, com maior diferença de golos. Esqueçam isso. O nosso campeonato está muito competitivo e não é só pelos nossos resultados, mas pelos de toda a equipa. Todas as equipas estão cada vez mais preparadas para competirem com toda a gente. Todos temos essa noção. Na Liga Conferência temos sido mais felizes nas finalizações mas o mais importante é ganhar. Sabemos que vai haver fases do jogo em que não vamos estar por cima e são esses os momentos mais difíceis. Os jogadores estão comprometidos com a nossa ideia. Olho para todas as competições, para o trajeto que temos feito até agora e a equipa tem dado uma resposta fantástica, dentro das limitações que existem, como o cansaço e as viagens. Não são só os jogos que aumentam o cansaço, não é só a parte física, mas também a fadiga mental. Mas têm tido um compromisso fantástico, é uma equipa ambiciosa. Espero mais um jogo difícil dentro daquilo que temos apanhado nesta prova, frente a uma equipa que tem duas derrotas e vai querer pontuar, uma vez que quer dar outra imagem. O grupo está focado e independentemente de quem jogar, vão dar resposta".
Se bater o recorde do Vitória é motivador: "Só damos conta disso no fim dos jogos, depois de conquistar esses pequenos objetivos. Mas, muito honestamente, não é isso que nos foca, nem sequer falamos disso. Claro que é importante para os jogadores, para o clube e para a cidade. É bom ficar reconhecido na história do clube e do futebol português. É um motivo de orgulho mas não é isso que tem de nos motivar. Agora, o objetivo passa por somar nove pontos e garantir o acesso ao play-off, no mínimo, para já. Isso é que nos motiva. Queremos passar À próxima fase e para isso temos de ser consistentes. As vitória, depois, são uma consequência. Os jogadores merecem por tudo o que têm feito".
Tem o plantel praticamente disponível: "O Jorge Fernandes está na parte final da recuperação, ainda não está disponível. Está quase, felizmente. O Gustavo Silva está a voltar, temos de gerir em relação ao tempo de paragem e o tempo de jogo, temos de ter algum cuidado para não existirem recaídas. Felizmente, até pelo excesso de jogos que temos tido, não temos tido muitas lesões. É sinal que os jogadores estão a trabalhar bem, assim como toda a gente que trabalha diariamente na academia. Estou feliz por ter o grupo quase todo. Dá-me dores de cabeça, ficam mais tristes quando não jogam, como é normal. São mais para ficar de fora. Às vezes complica o treinador… Mas, é bom ter mais opções, pois alguns jogadores dão coisas diferentes e tem acontecido bastante aqui na Liga Conferência".