Mourinho, as eleições do Fenerbahçe e as do Benfica: "Não conversei com nenhum candidato"
Declarações de José Mourinho, treinador do Benfica na antevisão ao jogo com o Rio Ave, jogo em atraso da primeira jornada da I Liga e agendado para as 20h15 de terça-feira, no Estádio da Luz
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Voz de Mourinho: "A minha voz é a voz de trabalho. É a mesma coisa quando as pessoas me veem bronzeado, digo que é de trabalho, na cara, nas mãos e nada mais. É de trabalho, de passar informação constantemente, de estar ainda numa fase em que os assistentes têm de ir crescendo com a equipa, eu tenho de conhecer cada vez melhor o Ricardo Rocha. Estamos num período em que estou a assumir tudo em mãos, reuniões de análise ao adversário, de análise à nossa performance. Falo muito, mas dois, três dias a coisa recupera. Isto está sempre em permanente evolução, não é uma coisas estática. Este período de tempo não constrói uma equipa, as bases, mas é uma situação progressiva. Temos de nos adaptar. A empatia que estamos a criar entre nós, acho que estão a aceitar o processo."
Presidente do Fenerbahçe não foi reeleito: "Eleições do Fenerbahçe honestamente passam-me ao lado. Se me perguntar se estou feliz com a não reeleição, não estou, se tivesse ganho, perguntar-me-ia se estava feliz, também não estaria. A minha vida ali foi pouco tempo, com pouca intensidade, pouca empatia, pouca paixão. Honestamente, pelos jogadores que lá ficaram e muitos deles ou quase todos com ótima relação, que tudo lhes corra bem, e nada mais do que isso."
Falou com algum dos candidatos à presidência? "Não conversei nem acho que o deva fazer. Treinador do Benfica, foco no Benfica, foco na minha missão. Acho que os presidentes, que as direções, de um modo muito pragmático, são os representantes dos milhões de adeptos dos clubes. E é para esses milhões de adeptos que um treinador deve trabalhar. Se me perguntar se fiquei agradado, se recebi com simpatia e orgulho o facto de candidatos terem proferido algumas palavras de respeito relativamente à minha pessoa enquanto treinador, sim. Mas estou isolado desse contexto. Dar o máximo cada dia. Neste momento é o presidente Rui Costa, foi ele que deu o grande passo de me convidar a trabalhar no Benfica e vai ser assim. Honestamente, eu não sou importante. Agora ao início é normal, mas é uma coisa que co o passar dos dias se deve atenuar, apaga. O foco é o Benfica, o Benfica é que interessa."