Rui Borges: "Não me importo de perder os jogos todos grandes e ganhar os outros"

A haver um vencedor seria Sporting ou Benfica? E um comentário sobre a arbitragem? "Sobre a arbitragem não vou comentar. Sobre haver um vencedor, o jogo acabou como tinha de acabar, empatado. Por honestidade, não posso ser mais honesto, o resultado acaba por se ajustar ao que foi o jogo."

Trincão desapareceu do jogo após uma pancada na primeira parte, porque é que não mexeu mais cedo? "Tirar ao intervalo por causa de uma pancada... não. Não foi por aí, acho que foi muito coletivo, essa falta de energia. Começámos a falhar mais passes, os médios não estavam com a mesma energia e isso passa de uns para os outros. Não podemos mexer em todos, tentámos de alguma forma nos que tínhamos de mexer naquele momento, mas mesmo assim não fomos capazes de voltar a ser como na primeira parte. Mas o jogo é isto."

O Sporting volta a não conseguir vencer um dos grandes e não consegue marcar posição, por que é que acontece? É algum bloqueio mental? Tem a ver com estilo de jogo? "Isso é uma narrativa tua. Nem vou por aí, depois falo dos da Champions e vão dizer que ganhou porque o Marselha tinha dez, que éramos obrigados a ganhar ao Club Brugge, vão dizer que empatou com a Juventus. Vão buscar a narrativa que vos interessa. Desde que estou no Benfica não perdi fora de casa. Desde que estou no Sporting, desculpem. Para mim isso nem é sequer narrativa. Já disse que não me importo de perder os jogos todos grandes e ganhar todos os outros porque sou campeão nacional."

Sente que ainda há algo a fazer neste tipo de jogos para o Sporting dar esse passo acima? "Mas porquê neste tipo de jogos? Não percebo essa narrativa de que falam. No ano passado não perdemos. É o que é. Do outro lado há adversários competitivos. Na Supertaça fomos melhores e perdemos. Com o FC Porto quando estávamos bem sofremos dois golos em cinco minutos quando o FC Porto mete jogadores para defender. Não ganhámos, mas fizemos tudo para ganhar. Não correu bem, mas isso não mexe comigo."