Declarações de Rui Borges em conferência de imprensa de antevisão ao Paços de Ferreira-Sporting, jogo marcado para sábado (20h15) e relativo à terceira ronda da Taça de Portugal
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Pedro Gonçalves renovou contrato durante a pausa de seleções. Se pudesse escolher, quem mais renovaria? "Por mim renovavam todos, o presidente é que não ia achar muita piada, pela parte financeira. A renovação do Pote tem a ver com a confiança do clube para com ele e de toda a estrutura. Aumenta também a responsabilidade do Pote, que tem um jogador importante para as conquistas do Sporting e é o transmitir de uma confiança enorme nele. É um jogador muito focado em ganhar mais, ambicioso por mais, por querer ajudar... Ele perdeu muitos meses na época passada e está a voltar à melhor forma. Quer-se sentir importante, todos sabemos que é um joagdor importante e a nossa luta é motivá-lo todos os dias, porque já ganhou quase tudo ou mesmo tudo no Sporting, e essa renovação também faz parte dessa motivação".
Sporting está preparado para a sobrecarga do calendário e para um jogo difícil, com lotação esgotada? "Tem de estar preparado. Difícil em termos de ajustar, porque a malta foi chegando aos poucos das seleções, e por isso é preciso ter algum cuidado na sobrecarga de minutos de alguns jogadores, mas estamos preparados e a nossa maior motivação é defender algo que é nosso e queremos que continue a ser nosso, independentemente de um adversário que estará super motivado perante os seus adeptos, mas também acredito que teremos muitos sportinguistas que nos farão sentir em casa amanhã, como tem sido nos jogos fora".
Numa entrevista, Matheus Reis disse no final da época passada que a chave do bicampeonato foi quando recuou a um sistema de três centrais. Voltará a esse esquema? E José Mourinho disse que Sporting ganhou a última Taça por motivos "estranhos": "A Taça está no museu [do Sporting] porque fomos melhores e porque a merecemos. Esse ruído é vosso [da comunicação social] ou deles [Benfica]. O que sei que é que a Taça está no museu com 101% de mérito, pelas contrariedades que fomos tendo e por conseguirmos virar a eliminatória [final contra o Benfica] no último minuto. Sobre a entrevista [do Matheus Reis], já viu o documentário? Já? Deve ter visto o porquê do Rui Borges ter ido atrás na estrutura, o presidente disse-o e está lá. Mudei a estrutura, mas nunca os jogadores me pediram para a mudar, apenas e só porque não tinho médios para jogar em '4-3-3', precisava de três, nem um tinha e tive de me adaptar, desfrutando do Zeno [Debast], que virou um médio de luxo. Ao início eu era maluco e depois ele já era um médio top e continua a ser, por circunstância. A cada semana mudava de médio e enaltece-me a mim termos sido campeões com muita dificuldade, muitos miúdos, sem Morten [Hjulmand], sem Geny [Catamo], sem Pote durante muitos meses e a 50% na fase final, sem [Gonçalo] Inácio... um sem número de lesionados que me levou a procurar soluções para um sistema que não era o meu. Os números e rendimento dos jogadores falam por si".