Mourinho e a arbitragem do Sporting-Benfica da Taça passada: "Trabalho infeliz"
Declarações de José Mourinho em conferência de imprensa de antevisão ao Chaves-Benfica, jogo marcado para sexta-feira (19h30) e relativo à terceira ronda da Taça de Portugal
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Em 2004 perdeu a final da Taça de Portugal frente ao Benfica com o FC Porto, como encara este regresso: "Ia dizer que nunca fui eliminado da Taça, mas ia mentir, porque fui com o União de Leiria. Nas duas épocas seguintes fui a duas finais da Taça de Portugal, perdi uma e ganhei outra, e gostava de voltar. O Benfica tem uma história maravilhosa na Taça de Portugal, mas tem uma taça a menos do que devia ter, porque na [final da] Taça passada [vencida pelo Sporting], todos sabemos que devia ter sido o Benfica [a vencer] e não foi por motivos um bocado estranhos do que é a essência do jogo. Sempre cresci a ir ao Jamor e vi Benficas-Sportings, Benficas-FC Portos... e o Jamor continua a ser para mim qualquer coisa que mexe comigo. Nunca tendo jogado uma final da Taça com o Benfica, é algo que gostava de fazer. Sobre o que é mais importante entre a Champions e a Taça, agora a Taça é muito mais importante do que a Champions, depois no sábado passa a ser o contrário, mas até ao final do jogo é assim".
Arbitragem na final da Taça passada e "guerra" entre presidentes dos "grandes": "Não quero entrar nesse contexto, limito-me a ser treinador e a olhar para os jogos como treinador. Mesmo não sendo treinador das equipas envolvidas, não consigo deixar de ser treinador e aquela final foi muito simplesmente um trabalho infeliz da equipa de arbitragem, obviamente incluindo os VAR, que são muitas vezes mais importantes do que os árbitros de campo. São apenas olhos de treinador e os problemas entre presidentes são quase uma coisa histórica, mas depois, quando as emoções desvanecem, vem obviamente o sentimento de que têm de estar unidos no objetivo do desenvolvimento do futebol português e na resolução de problemas. Para mim, não é nada de novo e alarmante, é bom para vocês [Imprensa], mas não vejo nenhum drama nisso. Às vezes os árbitros erram, às vezes erram de uma maneira decisiva no desenrolar de um resultado e olho para isso na perspetiva de treinador, que também erra, como um jogador. Quando infelizmente os erros se traduzem em alterações importantes da verdade do jogo, é mais mediático e difícil de aceitar, mas vejo isso com olhos de treinador, não com olhos de comentador ou dirigente".