Rui Borges e as palavras de Varandas: "Não se trata de uma crítica, mas de exigência"
Treinador do Sporting na antevisão ao jogo de Paços de Ferreira, da terceira eliminatória da Taça de Portugal, agendado para as 20h15 de sábado
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Jogo de Paços de Ferreira: "Não podemos menosprezar o adversário, tem alguma história, tem uma final da Taça de Portugal, duas meias-finais. O maior respeito que podemos ter pelo adversário é olhá-lo de forma séria, em termos técnicos e táticos. Temos de perceber que vamos defender um título e queremos muito voltar à final do Jamor, que nos marcou, na época passada. A maior motivação que podemos ter é a de defender algo que é nosso, que conquistámos com muita dedicação, que temos de colocar em prática, novamente, para conseguirmos, pelo menos, estar numa final da Taça de Portugal outra vez."
Reunião com Frederico Varandas, que disse que o Sporting não era líder por culpa própria: "Nem sequer vi o presidente nos dias depois do jogo com Braga. É engraçado vermos o que se passa fora e como criam histórias alucinantes. Tem a ver com a nossa exigência, jamais será crítica. Queremos ganhar, a todo o custo. Demonstrámos que fomos os melhores, temos tido um início de época até bastante produtivo. Num jogo menos conseguido, ficámos sentidos, porque não conseguimos ser o Sporting que temos sido, e isso tem de mexer connosco. Não se trata de uma crítica, mas de exigência máxima que temos connosco mesmos, no dia a dia, para dignificar cada vez mais o individual de cada um. Os jogadores têm de ficar sentidos por não termos sido capazes de ser o Sporting que queremos e que temos conseguido ser na maior parte do tempo."
Possibilidade de alterar o sistema tático: "Vou ser objetivo. Falam do sistema, mas o sistema é muito subjetivo. Não queria fazer parecer que estou a dar aulas táticas, porque não quero. Estou sempre em aprendizagem. Naquilo que é o sistema de que falam, a grande maioria dos jogadores jogam nas posições que jogavam, temos a melhor versão do Pote, do Trincão, do Hjulmand, do Inácio, do Quenda. A equipa do Sporting nunca produziu tanto em termos ofensivos. É a equipa que mais oportunidades de golo cria e desperdiça. É a segunda equipa que menos deixa criar ao adversário, atrás do FC Porto. Se formos aos números, o sistema nem é assunto. O sistema tem a ver com as dinâmicas que lhe damos. Contra o Braga e a segunda parte contra o Estoril, não teve a ver com isso. Teve a ver com incapacidade, se calhar, minha, que sou o principal culpado e darei sempre a cara pelos jogadores. Não fui capaz de explicar como anular o Braga. Tiveram uma posse sem nos criar grande perigo, porque metia muita gente na primeira etapa, e andámos a correr em demasia, mas, em muitos momentos, mal. Não tem a ver com o sistema. A melhor versão da maioria dos jogadores, em termos estatísticos, responde por si. Não é assunto, para mim."