Declarações de Rui Borges após o Sporting-Farense (3-1), jogo da 20.ª jornada da I Liga
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Análise: “Era um jogo difícil. Contra estas equipas, organizadas e com um bloco baixo, é difícil entrar no último terço. Era preciso termos paciência para descobrirmos um homem livre e criarmos situações de dois para um na ala, conseguimos fazer isso e chegámos ao golo, depois [o 2-0] numa bola parada, e fomos sempre competentes nas transições. Nos cinco/dez minutos [antes do intervalo], não digo facilitismo, mas adormecemos um bocado e deixámos que o Farense fizesse o 2-1, não fomos tão intensos nos duelos e deixámos o Farense a acreditar até ao fim. Tornou-se num jogo muito perigoso. Na segunda parte, com um Farense novamente em bloco baixo... as perdas de bola são muito perigosas contra estas equipas. Conseguimos anulá-las, eles conseguiram duas ou três situações por decisões não muito maduras da nossa parte, mas tomámos conta do jogo até ao fim. O 3-1 até chegou tarde e contra estas equipas os jogos não sempre muito bem jogados, mas é sermos mais maduros e não deixarmos criar situações de contra-ataque contra estas equipas, que vão ganhando vida e acreditam até ao fim”.
Jogadores do Sporting recuperam a bola rapidamente. Com mais tempo de trabalho, a equipa está mais perto daquilo que quer? “Tenho algum tempo, mas não muito. Hoje houve uns pormenores, que, enquanto pormenores de jogo, estão muito aquém, porque não temos tido tempo, mas não me farto de enaltecer a forma como eles nos têm ouvido, muitas vezes sem treino, e têm sido fantásticos. Se tivermos semanas mais normais, ganhamos outros hábitos e ficamos mais consistentes nos pormenores individuais, que fazem toda a diferença em momentos específicos de jogo. Mas eles reagiram muito bem à perda de bola e foi uma vitória justa”.
Com a ausência de Gyokeres, Harder marca pelo segundo jogo seguido. Bom sinal? “Fico feliz pela resposta dele. É um miúdo com um potencial enorme, tem 19 anos e às vezes parece que tem 15 anos na rua, a jogar. É muito de rua e acreditamos muito nele, todos, precisam de carinho e é importante ele sentir o que tem sentido dos adeptos. Ele tem sentido esse carinho e para mim é fácil dizer que ele ia responder, mas vai errar imenso e fazer golos, porque tem essa ‘criancice’ positiva. Vai crescer”.
Iván Fresneda estreou-se a marcar após ter estado com um pé fora do Sporting: “Tem a nossa confiança desde que chegámos. É outro miúdo, esteve muito tempo sem jogo e é normal que a confiança desaparecesse. Precisa também de carinho quando falha, é importante porque está em crescimento e tem um potencial enorme. Tinha expetativas enormes quando chegou, se calhar não correspondeu numa fase inicial e as dúvidas crescem na cabeça, mas da nossa parte tem tido sempre essa confiança. Feliz por ver a ligação entre todos eles no jogo”.
Bom resultado antes de uma visita ao Dragão: “Queria era ganhar e ser primeiro, independentemente de o próximo jogo ser no Dragão. Controlamos os nossos jogos, eram 15 jornadas, agora são 14 e seguimos. Agora é pensar no jogo do FC Porto e tentarmos ser o mais competentes possível. Queremos ser primeiros, independentemente de serem nove pontos, oito...”.
Condição de Gyokeres: “Vamos ver, ele e Morita é muito no dia-a-dia. Depende de um dia para o outro, acredito e espero que todos voltem o mais rapidamente possível. Hoje perdemos Geny muito cedo e são coisas que não controlamos. Acredito que não tenha sido uma lesão muito pequena porque teve de sair, espero que não seja nada muito grave”.