Antevisão ao jogo frente ao Benfica, agendado para as 20h30 de domingo, em Alvalade.
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Sentiu os jogadores confortáveis? "Eu gosto de sentir os meus jogadores o máximo confortáveis possível. Se não conseguir tirar rendimento deles, a equipa não consegue ter rendimento e não consigo ser melhor treinador. Vou impor coisas que não os façam sentir confortáveis? Não vai correr bem. Tento sempre entender o outro lado, não fugindo à nossa ideia. Mas vou percebendo algumas coisas. O sistema é muito relativo. A malta de fora tem batido muito no sistema. Quero senti-los confortáveis. Só assim vou tirar rendimento deles. Aí vão estar mais motivados, vão ganhar mais confiança. Vou falando com eles. O que me têm transmitido é que estão confortáveis, sentem-se bem e estão recetivos ao que temos mostrado e falado. Acredito que amanhã estarão muito preparados para a exigência do jogo."
Aursnes é dúvida no Benfica: "Preparei o jogo a contar com os meus, não com o adversário. Claro que isso pode mudar caraterísticas no adversário, mas foco-me no que seremos capazes de fazer, não nas ausências do adversário."
Dores de crescimento: "São naturais no dia a dia, tudo muda. Há sempre mudanças. Práticas que se mudam, seja no treino, no dia a dia na Academia, seja no que for, pequenos pormenores. E tudo mexe. Lá está, o ser humano é feito de hábitos. E depois, quando temos um hábito grande, para perdê-lo temos de o diluir devagar, aos poucos. Isso faz parte. Essa parte entendo-a bem. Por isso é que digo que os adeptos serão importantes amanhã. Em alguns momentos em que não corra tão bem, e há momentos em que irá acontecer, os jogadores precisam desse carinho. Isso ajuda muito. Os adeptos ajudam muito na atitude dos jogadores, e será importante estarem do nosso lado do início ao fim para conseguirmos, aos poucos, ir ganhando essa confiança e as dores de crescimento irem diminuindo."
Disse no passado que o Sporting é a melhor equipa em Portugal. Jogadores acreditam? "Têm de acreditar, são campeões nacionais e têm de acreditar. Treino o Sporting e claramente é a melhor equipa em Portugal. Zero dúvidas sobre isso. No ano passado, senti que era a equipa mais forte quando joguei contra e por isso é que foram campeões. Os jogadores não podem duvidar disso. Eles têm de se lembrar que são campeões, mas não adianta só dizê-lo, temos de demonstrar que somos os melhores. Quando faltar inspiração, a atitude não pode faltar porque podemos ganhar com a atitude, na vontade que não pode faltar. Somos campeões nacionais, somos bons, mas não chega só falar e temos de o demonstrar. Temos de continuar a fazer por isso."
Se Morita falhar o dérbi: "Não muda a estratégia. Em relação ao jogo, muda características. O Morita dá umas coisas, outro médio dá outras coisas. Muda por aí. Em relação à ideia e à estratégia, não muda. O jogador é que dá coisas diferentes à equipa. Seja o Morita ou outro."
Disse no passado que deu os parábens a Rúben Amorin e que havia comunhão entre adeptos e jogadores. Isso perdeu-se? "Disse isso mesmo ao Rúben porque sentia, a jogar contra, que a equipa e os adeptos estavam mesmo em sintonia a 100 por cento. É normal que haja alguma desconfiança nos últimos tempos, assim como a equipa. E nós temos que a voltar a ganhar. Eu, enquanto treinador, tenho de arranjar formas de conseguir fazer com que eles não desconfiem deles ou dos colegas. Temos também de passar isso aos adeptos, de os puxar para nós. Se calhar não estavam a 100 por cento, estavam a 95 por cento, e nós temos de ir buscar os outros cinco por cento. As expectativas estavam elevadíssimas. Mas acredito que não vão deixar a equipa cair, não vão fugir ao apoio. Nisso não acredito. Acho sim que é natural haver desconfiança. Agora é trabalhar nesse sentido, e cabe-nos a nós sermos capazes de ir buscar os adeptos que foram abaixo para a sintonia estar compacta. E amanhã estará, não tenho qualquer dúvida."