"Rúben Fernandes pode ser treinador, é inteligente e nota-se que lê bem o jogo"

Nuno Coelho, ex-jogador que partilhou balneário, na época de 2006/2007, no Portimonense, com Rúben Fernandes,  capitão do Gil Vicente que assinalou 300 jogos na I Liga no sábado, frente ao Estrela da Amadora, elogia o percurso do antigo colega de equipa. Em declarações a O JOGO, lembrou o arranque de ambos: “Tive o prazer de conviver com o Rúben em Portimão. Estávamos os dois a começar a dar os primeiros passos [Nuno Coelho tinha 19 anos e Rúben Fernandes 21] e seria difícil esperar que tanto ele como eu fizéssemos uma carreira com tantos jogos. Éramos muito novos, ele um jogador vindo da formação. Para ser sincero, naquela altura era difícil de perceber que o Rúben iria ter uma carreira com tanta qualidade e longevidade”, começou por referir.

Aos 38 anos, o central gilista completou 300 jogos na I Liga e é o segundo jogador ainda no ativo com mais partidas no principal escalão português, num percurso que arrancou no Algarve.

O ex-médio aplaudiu a forma como o defesa-central orientou a carreira, sublinhando os méritos do segundo jogador ainda no ativo com mais jogos na I Liga. Fica atrás, apenas, de Rui Patrício, que soma 327. “Não é fácil fazer uma carreira com tanta regularidade. Titular quase em todos os clubes, e com tantos treinadores diferentes. É óbvio que há grande mérito dele, da maneira como se cuida e como é profissional para estar ainda nesta altura a jogar a alto nível”.

Nuno Coelho destacou ainda a “grande honestidade e seriedade” que o capitão gilista, de 38 anos, sempre teve, antecipando novos rumos bem sucedidos noutros cargos. “O futebol precisa de pessoas que tenham estado no terreno. Acho que o Rúben pode ser treinador, porque é inteligente e nota-se que lê bem o jogo”, explica, mas há outra saída possível. “Como dirigente, pode acrescentar toda a experiência adquirida ao longo dos últimos anos”, concluiu.