Rúben Amorim: "Fazer as vontades aos filhos? Mais importante do que dizer que sim é dizer que não..."
Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, na antevisão ao jogo com o V. Guimarães, agendado para as 20h30 de domingo e a contar para a 30.ª jornada da Liga Betclic
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Perto da dobradinha. Sente que está a um passo para a eternidade no clube? “Sinto que estamos todos perto de algo especial. Está perto, ainda não está feito. Temos todos de saber que estamos a tentar mudar um paradigma para mudar o clube. Temos noção do que estamos perto de fazer. Sim, claramente temos isso na cabeça”.
Disse que o filho pede a Liga e o título. Costuma fazer as vontades aos filhos? Costuma fazer as vontades ao filho? “Como pais, sabemos que mais importante do que dizer que sim é dizer que não aos filhos. Não quer dizer nada, não tem a ver com a ligação. Temos de fazer um equilíbrio entre tudo.”
Matheus Reis e Adán: “Ainda não estão aptos. Já estão no campo. Mateus já voltou para o campo, o António continua a recuperação.”
Se fosse Schmidt estaria sem esperança no título? “Depende das pessoas. Importante é, pela minha experiência como jogador e treinador, quanto mais as semanas passam, e não só o resultado, mas a forma como a nossa equipa jogar, vai retirar esperança aos adversários. Estamos a cinco jornadas do fim, já temos alguma vantagem, ficando apenas quatro, mantendo a vantagem, torna tudo mais difícil para os adversários. Nada está feito. Basta um pequeno percalço que tudo muda. Queremos ganhar o nosso jogo, ficar descansados e seguir o nosso trajeto.”
Que distância pontual é necessária para deixar de acreditar que pode perder o título: “Andamos o ano inteiro a dizer que éramos capazes de ganhar o campeonato e somos capazes de fazer melhor. Eu mudei o discurso e todos os dias lhes digo que ainda podemos perder o campeonato. É o trabalho do treinador, perceber o contexto todo e tentar direcionar para onde queremos que os jogadores pensem. Sempre acreditamos que podíamos ganhar, sempre foquei em dizer que podemos ganhar, neste momento foco os jogadores em que ainda podemos perder. Isso não é pensar negativamente, é simplesmente deixar sempre aquele nervosismo e ansiedade positiva para poder levar os jogos muito a sério e percebermos que tudo é possível. Nós acreditamos, vamos ficar convencidos disso quando estivermos no último minuto de jogo, se calhar com uma vantagem de dois golos, apenas a precisar se calhar do empate, aí eu acho que vamos relaxar um bocadinho. Até lá, tudo pode acontecer.”
Pote e Edwards em risco. Gestão? “Não vai haver gestão. A melhor equipa vai jogar. São três pontos. Já temos na cabeça que número é que precisamos para ser campeões. Todos os jogos são três pontos, portanto, o que tiver que acontecer em termos de amarelos pensaremos no próximo jogo e não neste. Não vai haver gestão nenhuma."