Rúben Amorim, a "inspiração" Guardiola e o impacto de Mourinho: "A forma como me tratou..."
Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, na antevisão ao jogo com o Manchester City, a contar para a quarta jornada da fase de liga da Champions e agendado para as 20h00 de terça-feira
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O que retirou de Guardiola? "Retiro muito coisa de Guardiola, De Zerbi, Jorge Jesus. Vejo muito futebol de todos os lugares, inspiro-me em todo o lado. Não há apenas uma pessoa, olho para todos e há sempre ideias que podemos aproveitar. Guardiola foi uma inspiração para muitos treinadores."
Falou com José Mourinho? Que impacto ele teve em si? "Ainda não falei, ele está cheio de jogos, teremos tempo para falar. Fiz a pós-graduação com ele no Manchester United. O maior impacto foi a forma como ele me tratou e o mostrar que se pode ganhar tudo e ser uma pessoa completamente diferente do que as pessoas pensam. Foi o treinador que nos abriu as portas a todos e foi especial na sua época. Quando apareceu, as equipas deles iam ganhar. Isso é marcante para nós enquanto portugueses, começámos a acreditar mais em nós. O Manchester United foi o único clube onde fiz estágio, mas não saí de lá a pensar que um dia queria voltar. Já foi há sete anos. A vida dá muitas voltas, é muito engraçado voltar ao único clube onde estagiei como treinador principal."
Defrontar o Manchester City poderá ajudar para o futuro no United? "Irá sempre uma grande ajuda, porque aprendemos muito com os jogos. Uma coisa é ver na televisão, outra é ao vivo e jogar contra eles. A jogar contra o City consigo perceber melhor as nossas fraquezas e forças. Quando for para o Manchester United teremos tempo para falar sobre isso. Vou com uma ideia diferente, mas não sei o que vou encontrar lá, como serão os meus jogadores lá. Isto ajuda na preparação, mas teremos tempo para fazer essa avaliação."
Vai manter a identidade contra o Manchester City, de pressionar alto? "Queremos manter a identidade para ter bola, mas teremos que nos adaptar um bocadinho à forma de jogar deles. Não tem a ver com coragem, às vezes tem-se mais coragem mudando a forma de jogar. Não podemos pressionar contra eles da mesma forma que fazemos na Liga portuguesa, temos que nos adaptar se quisermos lutar pelo resultado. Mas quando tivermos a bola temos de jogar à nossa maneira, porque não sabemos jogar de outra forma."