Luís Zambujo representou os dois clubes algarvios e antecipa que a equipa de Paulo Sérgio vai encontrar em Faro um ambiente adverso
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Luís Zambujo está identificado com as realidades de Portimonense e Farense, clubes que representou como atleta e com os quais subiu de divisão. A propósito do dérbi de sábado, não tem dúvidas de que a equipa de Paulo Sérgio terá um osso duro para roer, sobretudo pela carga que envolve esta deslocação a Faro, onde é imperativo ganhar e esperar, ainda, pela “ajuda” de terceiros.
O antigo extremo afirma que “vão jogar ambos para ganhar”, mas considera mais ingrata a tarefa dos portimonenses, desejando que o jogo seja um bom espetáculo e “um hino ao futebol”.
“A rivalidade vive-se muito fora do campo”, começa por dizer Zambujo, que esta época, como diretor desportivo do Lagoa, festejou a subida ao Campeonato de Portugal. “As gentes de Faro vão estar divididas, ora desejando a derrota do vizinho e a obrigatoriedade de disputar o play-off, ora aceitando que a salvação possa passar por este jogo, porque é bom para o Algarve ter duas equipas na I Liga. Eu defendo o mesmo, ou seja, fazem falta os dois no principal escalão.”
O antigo extremo sublinha que o Farense, apesar de ter já a sua situação resolvida, “vai querer despedir-se dos adeptos com uma vitória”, enquanto o Portimonense “tem mais a perder e não depende dele próprio, embora tenha todas as hipóteses de sair vitorioso.” Zambujo acredita que vai ser “um jogo aberto, e oxalá um hino ao futebol que dignifique também as duas cidades.”
“As gentes de Faro vão estar divididas (...) é bom para o Algarve ter duas equipas na I Liga”
Sem arriscar um prognóstico, o agora dirigente reitera a ideia de que “vão jogar ambos para ganhar” e antevê “um espetáculo engraçado” fora das quatro linhas, porque a rivalidade entre vizinhos assim o obriga. E os adeptos dos leões de Faro, vinca, são extremamente apegados e uma força extra para a equipa. De novo com o foco no Portimonense, calcula que os jogadores vão alhear-se do ambiente certamente adverso do São Luís e seguir à risca as indicações de Paulo Sérgio, porque as contas só se fazem mesmo no fim e até lá chegar há apenas um resultado que interessa, que é a vitória.