Lateral macedónio testemunha por videoconferência no julgamento do processo do ataque à Academia do Sporting.
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Stefan Ristovski descreveu esta terça-feira, através de videoconferência, os momentos que antecederam a entrada de adeptos do balneário da Academia do Sporting, a 15 de maio de 2018, dia em que foram invadidas as instalações leoninas.
"Estava dentro do balneário quando os adeptos entraram. Estava em pé. Eu vi os adeptos na porta de saída, onde colocávamos as botas. Queria sair, não consegui e disse aos colegas que eles estavam do outro lado. Eram quatro ou cinco e tinham todos as caras tapadas. Lembro-me muito bem. Bateram na porta e fizeram tudo para entrar. Disseram palavrões e ameaças do lado de fora, que nos iam matar. Ficámos à espera no balneário porque tínhamos a noção de que a qualquer momento iam entrar", começou por contar o lateral macedónio, partindo para a descrição de dois dos adeptos invasores:
"Nessa porta não havia ninguém. Nem segurança, ninguém. Só eu e os indivíduos lá fora. Lembro-me de um senhor de dente dourado e dois de raça negra. Ai começa a grande confusão. Não me lembro de mais pormenores sobre quem entrou mais", acrescentou Ristovski, que referiu, pouco depois, que o indivíduo de dente dourado agrediu Acuña. Segundo a CMTV, trata-se do arguido Leandro Almeida. Os outros falaram com o chefe de segurança, Ricardo Gonçalves, que terá tentado impedir as agressões aos jogadores.
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"Nós jogadores tentámos fechar uma porta de metal, mas os adeptos conseguiram abri-la. É uma porta que fecha o balneário. Eram entre 15 a 25 pessoas. (...) Quando entraram tentaram perceber quem estava onde. Eu estava em pé, ao lado do Acuña. Começaram a gritar palavrões e tentaram ver a quem batiam primeiro. Aí começaram a bater no Acuña. Falaram nos nomes de Acuña e Battaglia, mas também se dirigiram para todos. 'Isto vai ser a vossa última oportunidade. Não podem jogar desta maneira", recordou Ristovski.