O sucesso recente de Costinha e Fábio Ronaldo ao mais alto nível corporiza o investimento que tem sido feito nas camadas jovens. O futuro passará, seguramente, pela aposta nos valores do clube
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"A aposta forte na formação vai continuar", garante António da Silva Campos. Essa é, de resto, uma das principais bandeiras atuais do Rio Ave. Após várias épocas sem conseguir colocar jogadores das camadas jovens de forma continuada na equipa principal, a tendência inverteu-se nas últimas duas temporadas, tendo como expoentes máximos os casos de Costinha e Fábio Ronaldo, que já se afirmaram na I Liga. O presidente realça o "investimento feito" na construção da Academia, estando previsto um terceiro relvado natural para satisfazer as exigências de treinos e jogos de 600 atletas.
Estratégia para o futuro passa por jogadores das equipas de formação para dotar o plantel principal de valores e possíveis ativos para o clube rentabilizar
"Temos colocado jovens a competir em escalões acima da idade para queimar etapas e muitos atletas treinam regularmente com a equipa principal. O Lomboto e o Karseladze, um seis e um lateral-direito, já foram convocados e podem ter grande futuro", lembrou o dirigente, explicando que sendo "importante conseguir resultados", o "grande objetivo" desse projeto é "formar jogadores para a equipa A."
Para contrariar o poderio financeiros dos clubes grandes, que tentam sempre apanhar os maiores talentos, o emblema vila-condense oferece "carinho aos pais e aos atletas", sempre na perspetiva de os "valorizar para saberem que estão num clube em que podem chegar à equipa A." "É difícil, mas tentamos fazer contratos profissionais e segurá-los", revelou, mostrando-se satisfeito por ter um treinador como Luís Freire, que "assume" essa aposta do clube. "Quando estamos na I Liga e temos jogos em que podemos valorizar os nossos ativos, os treinadores têm de dar oportunidades, e, neste momento é o que está a acontecer", rematou Silva Campos.
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Descida travou nova bancada
Demolida em 2020 por razões de segurança, a nova bancada nascente "é o desejo maior dos sócios e do presidente", mas a descida de divisão travou "uma obra importantíssima que falta acabar."
"Mas, não podemos pôr em causa a parte financeira do clube e o futuro. Temos de criar estabilidade, depois de dois anos muito difíceis e uma quebra de receitas muito grande. Vamos ganhar consistência e pensar na bancada nova o mais rápido possível", afirmou Silva Campos, com a certeza de que o Rio Ave "precisa de outra bancada por uma questão de dignidade, de imagem e para dar conforto aos sócios."
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"Com a atual capacidade de cinco mil lugares, só tivemos problemas contra o Benfica. O espaço de mil lugares dá perfeitamente para os adversários", garantiu o presidente, desejando que o sucesso do clube tenha o correspondente crescimento no número de adeptos, sendo que o clube tem atualmente "seis mil sócios."
"Já fizemos todas as iniciativas possíveis e imaginárias para aumentar o número de sócios. Tem crescido bastante a juventude nos jogos, mas claro que gostávamos que fosse muito mais", sublinha.