Gestor algarvio foi eleito presidente da Liga Portugal, sucedendo a Pedro Proença para o fim do quadriénio 2023-2027, ao vencer José Gomes Mendes, nas eleições para a liderança do organismo
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O ex-presidente da AF Algarve (AFA) e coordenador dos delegados e avaliadores da Liga Portugal, de 61 anos, conquistou 42 dos 52 votos (81%), contra os 10 (19%) de José Gomes Mendes, que liderava a Mesa da Assembleia Geral do organismo.
Antes de responder às questões dos jornalistas, Reinaldo Teixeira, o 11º presidente da Liga Portugal fez uma curta declaração:
“Quero agradecer aos elementos da Mesa a forma correta, cordial e profissional como lideraram este ato eleitoral. E depois, também, reconhecer e agradecer a presença dos 100 por cento das sociedades desportivas neste ato eleitoral. Por isso, a todas as sociedades desportivas, aos membros da Mesa e a todos vós, muito obrigado por cá estarem e por elevarem este ato eleitoral.”
Contava com uma vitória tão expressiva? “Ao longo desta caminhada, trabalhava para ter os 100 por cento das sociedades desportivas. Foi, de facto, expressivo. No entanto, para mim, o que importa é que, a partir de hoje, não foi 42 a 10 votos, mas foi 52 votos na minha pessoa. E é com isso que vou trabalhar com todas as sociedades desportivas. No fundo, o papel de quem vence é respeitar o vencido e trabalhar com todos e com todas as sociedades desportivas que compõem o universo da Liga Portugal.”
Desafios para o mandato de dois anos: “O primeiro desafio é reunir com a equipa da Liga Portugal e não só dizer-lhes de viva voz o quanto os considero e reconheço-lhes qualidade e competência, como, em conjunto com eles e com a nova equipa que vai juntar à desta casa, planearmos os passos seguintes. Depois, diria que o segundo e mais importante objetivo é, em conjunto com todas as sociedades desportivas, olhar para os dossiês que, ao longo desta nossa caminhada da campanha eleitoral, pronunciámos e urge mais do que falar fazer. É isso que vamos trabalhar.”
Começa a liderar com os campeonatos na parte final: “Compete-nos continuar o bom trabalho que tem de ser feito nas competições, continuarmos a dar as melhores condições às sociedades desportivas e às suas equipas e à equipa da Liga Portugal para conseguirmos que as competições em disputa terminem com sucesso e planearmos o futuro que será a próxima época. O primeiro ato público é, digamos, tomar posse na quarta-feira, dia 16, às 17 horas, onde estão todos convidados para cá estarem. Depois, faço questão de estar presente, hoje, no jogo entre o Gil Vicente e o Vitória. Depois, vou tentar fazer tudo para que amanhã [sábado] possa também estar no Santa Clara-Sporting. E depois, ainda antes disso tudo, hoje de tarde, já como disse há pouco, trabalhar com a minha equipa, planearmos um conjunto de ações que temos que rapidamente começar a executar.”
Futebol português vive clima de divergências: “Quem assume estes cargos tem de estar preparado para algumas coisas que corram menos bem. Quem assume estes cargos tem de estar preparado para algumas coisas que corram menos bem. Há algumas expressões que cada um, no fundo, entendem, digamos, colocar cá fora. Penso que a resposta foi clara e o que digo é isso. Esta é a casa do futebol profissional e com a sua independência e em conjunto com as sociedades desportivas e com a federação que há pouco disse e reitero, tudo faremos para que falemos de futebol, de uma modalidade que é tão intrusiva nas pessoas, nas populações, e tentemos aportar um discurso positivo, que é aquilo que queremos ver os jogadores, os treinadores, os bons golos, as boas defesas, os bons passes, e tentemos, cada um de nós, eu inclusive, olhar para aquilo que possa ter sido menos bem feito ou menos bem dito, para poder corrigir no futuro. Falemos de momentos positivos, de coisas que valorizem, é aquilo que nós todos tanto amamos e queremos continuar a crescer, que é o futebol.”
Um “futebol para a classe média” era uma das prioridades da lista liderada por José Gomes Mendes: “O nosso slogan é conhecido, uma liga para todos, por isso, se é uma liga para todos, entenda-se para todas as classes também, sejam classes médias, baixas, altas, a minha missão é servir o futebol. O meu conhecimento, o que adquiri ao longo destes 30 anos, quase, nesta casa, e mais de 40 no futebol, para podermos, em conjunto, acrescentar valor e orgulho a todas as gerações, a todas as classes sociais, para que se sintam tão bem nesta modalidade, como disse e repito, desde os meninos às meninas, aos senhores e às senhoras, aos adultos, todos gostam tanto desta mobilidade. E nós, eu hoje, mais do que ontem, temos essa responsabilidade de aportar valores, de aportar princípios, aportar, como há pouco disse, mensagens positivas, que tanto o futebol pede e merece.”
Mensagem para os adeptos: “É justo reconhecer o esforço das sociedades desportivas, o crescimento que tem havido, a vários níveis, da organização, das competências, do conhecimento de todos os colaboradores e dos seus profissionais, o grande esforço tem sido feito. Mas, não parou. Temos muito para fazer. E o que podem esperar os adeptos é um compromisso de tudo fazer para conseguirmos que, cada vez mais, tenhamos melhor espetáculo, melhores experiências nos estádios, melhores condições nas infraestruturas para os adeptos, e tentarmos, em conjunto com as sociedades desportivas e com mais entidades, podermos aportar mais gente nos jogos e nos estádios.”