Reformulação à vista no plantel do Benfica: só Weigl resiste à razia no meio-campo
Samaris, Gabriel, Taarabt e Pizzi podem sair. Avaliação do rendimento desportivo e da necessidade de encaixe financeiro em andamento, com saídas em perspetiva. Em sentido contrário, volta Florentino, mas Jorge Jesus vai precisar de mais armas.
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Os planos da SAD para a nova temporada estão em marcha, depois de no domingo se ter confirmado matematicamente o terceiro lugar - devido ao empate do Braga com o Gil Vicente - que dá acesso à pré-eliminatória da Liga dos Campeões e de o segundo lugar estar a uma distância sem expectativa de ser encurtada.
Os responsáveis encarnados já olham para o plantel e, numa primeira análise, foi identificada a necessidade de venda de jogadores para equilíbrio das contas, sendo o meio-campo o setor que deverá sofrer maior razia. Aliás, e ao que O JOGO apurou, desta zona apenas Weigl terá o lugar assegurado para 2021/22 em termos de opção de saída, mas caso não surja uma proposta vista como irrecusável.
Da avaliação do rendimento desportivo e da necessidade de encaixe financeiro, que será maior caso os encarnados não consigam, no início de agosto, garantir um bilhete para a fase de grupos da Liga dos Campeões - entrada que permite um encaixe a rondar os 40 milhões de euros -, resultará o tamanho do rombo a provocar nesta latitude do terreno de jogo. Porém, pelas opções de Jorge Jesus, com implicação na valorização financeira dos jogadores, há nomes que estão na linha da frente para uma possível negociação no final da temporada.
O volume das necessidades de encaixe com saídas de jogadores depende da entrada na fase de grupos da Champions, que rende 40 milhões
Neste lote de negociáveis estão Samaris, Gabriel, Taarabt, Chiquinho e até Pizzi, embora todos eles com condicionalismos e expectativas diferentes. O trinco grego recupera de uma cirurgia ao tendão de Aquiles direito, mas quase não jogou com Jorge Jesus (9 jogos) e, aos 31 anos e com contrato até 2023, os planos da SAD passarão por um acordo que viabilize a saída. O brasileiro, que perdeu espaço ao longo da época no onze, tem mercado em Espanha, pelo que a ideia passará por recuperar os dez milhões de euros investidos na sua aquisição, enquanto pelo marroquino e pelos dois portugueses são esperadas propostas que também possam satisfazer financeiramente os jogadores, embora no caso de Pizzi os dirigentes benfiquistas confiem que a sua transferência possa render um valor atrativo, até pelo caudal de golo (15 até agora) que marcou na época mas irregular no que respeita à titularidade.
Este é um plano de trabalho cuja consumação dependerá de fatores externos ao Benfica, como a aceitação dos jogadores e a chegada de propostas, sendo certo também que Pizzi, até por alinhar noutras posições, poderá até resistir à onda de mudança que atingirá o Seixal e que trará, pelo menos, um regresso para a zona de meio-campo do lote de atletas que estão emprestados.
Florentino sim, Gedson não
De acordo com a avaliação já realizada, e para além da promoção de Paulo Bernardo (da equipa B), Florentino é um dos médios que o Benfica cedeu nesta temporada, no caso ao Mónaco, que tem regresso previsto e permanência nos planos, como forma de preencher o setor em número de efetivos e dar uma nova oportunidade ao jogador que até já tinha sido titular indiscutível com Bruno Lage. Outro nome, Gedson, agora emprestado ao Galatasaray depois da cedência ao Tottenham, não é uma opção garantida, existindo a expectativa de o negociar, de forma definitiva ou por empréstimo, embora também o seu futuro dependa da execução do plano de emagrecimento do plantel.
Certo é que deverão ser necessários mais reforços para o miolo - além de outras posições -, cujos nomes estão em avaliação pela estrutura encarnados, em ligação com Jorge Jesus, e sempre numa perspetiva de um investimento mais contido que o efetuado nesta época.